Mais um livro da "Colecção Visienses de boa memória" foi publicado por iniciativa da AVIS - Associação Cultural para o Debate de Ideias e Concretizações Culturais de Viseu. O lançamento da obra "Afonso Henriques - O Pai da Pátria", dedicada à memória do Sr. Dr. Alexandre Alves, terá lugar na Sala Caramulo, do Hotel Montebelo, no dia 30 de Janeiro (sexta-feira) às 21h30.
EDITORIAL
Aperta-me a garganta e obriga-me a gritar!
José Régio
Aqui o "Acordo Ortográfico" vale ZERO!
20090129
Afonso Henriques - O Pai da Pátria
Mais um livro da "Colecção Visienses de boa memória" foi publicado por iniciativa da AVIS - Associação Cultural para o Debate de Ideias e Concretizações Culturais de Viseu. O lançamento da obra "Afonso Henriques - O Pai da Pátria", dedicada à memória do Sr. Dr. Alexandre Alves, terá lugar na Sala Caramulo, do Hotel Montebelo, no dia 30 de Janeiro (sexta-feira) às 21h30.
Azulejos de Viseu
"Toe Jam" - The BPA e David Byrne
20090127
1º Colóquio de História e Cultura Judaica
Aldrabas, Batentes e Portas de Viseu
Já há algum tempo que esta secção não aparecia e por esse motivo mostro uma velha e carcomida aldraba, mas ainda em uso, no Campo de Madalena.
20090125
O Arrelvamento da Passadeira...
Na última semana foram várias as notícias publicadas nos jornais e ouvidas nas rádios locais sobre a "passadeira de granito" colocada sobre a Cava de Viriato, uma faceta da obra de "Recuperação e arrranjo paisagístico de parte da Cava de Viriato", empreitada no âmbito do Programa Polis para Viseu. O alerta para os trambolhões e aleijões já ocorridos levou o núcleo de Viseu da associação "Olho Vivo" [ligação] a mais uma vez questionar a obra por motivos de segurança e por achar que se descaracterizou o monumento. O arqueólogo e professor universitário João Inês Vaz afirmou que "Discordava totalmente da solução das lajes" pois assim se fez a " a desvirtualização total do monumento", o topo do monumento deveria ter ficado como estava, em terra batida. Diga-se que o piso de terra se apresentava muito firme e mesmo em tempo de chuva não originava lama. Pedro Sobral, outro arqueólogo ligado ao acompanhamento de várias obras em Viseu e às obras executadas na Cava, considerou que "a colocação das lajes" não desvirtualizou o monumento e que o projecto de arquitectura valorizou o monumento no geral. Porém entende que "As lajes estão muito espaçadas" e que quando por lá passa "tem de ir com muita atenção".
Na verdade são muitas as pessoas que se dirigem ao local para ver os resultados dos trabalhos mas é pouco agradável passear num sítio onde foi colocada uma plataforma de granito, a cerca de 30 cms do solo, com intervalos entre as lajes de 15 cms onde facilmente se pode meter um pé para tropeçar ou ficar entalado. Concordo com o arqueólogo Inês Vaz e acho além do mais que se desperdiçou muito dinheiro e se criaram autênticas ratoeiras. Se os projectistas pretendiam evitar a circulação de biclicletas cometeram um grande erro porque nada sabem sobre as modernas máquinas que facilmente ultrapassam buracos. Os mais radicais graças ao entulhamento da chamada "Cava de baixo", um caminho aberto no século XIX na muralha, descem pela face exterior montados nas suas máquinas que podem custar muitas centenas ou mesmo alguns milhares de euros.
Reagindo às críticas em anúncio da câmara municipal feito pelo presidente ficámos a saber que já foi contratada uma empresa para resolver os problemas detectados e espera que a solução "seja rápidamente implementada". A solução passará por "preencher os espaços com terra compacta e depois arrelvamento". Embora não conhecendo o projecto e apenas baseado na leitura das declarações do autarca parece-me ser mais "um remendo mal botado" que uma solução para um problema grave e real que não deveria ter passado na fase de projecto e que logo no início da execução deveria sensatamente ter levado à paragem dos trabalhos e à alteração. Prometo continuar atento e a trazer as novidades sobre a "passadeira de granito" e sobre a Cava de Viriato.
P.S. - Ver e ler o artigo da "Associação - Olho Vivo", de 27 de Março de 2008 [ligação] e citações do "Diário de Viseu", edições de 22 e 23 de Janeiro de 2009. Informo que calço o número 43.
E o "Lago da Cava"... Senhor Presidente?
Já agora... será que entre os "outros trabalhos" que o Senhor Presidente da Câmara Municipal de Viseu, Dr. Fernando Ruas, anunciou irão decorrer no monumento estará a limpeza da verdadeira lixeira em que continua transformado o chamado "Lago da Cava de Viriato", junto da Quinta dos Felgares? Espero bem que a resposta seja afirmativa porque é uma verdadeira vergonha e neste caso não existem opiniões contraditórias. Que avancem finalmente os homens da limpeza e muito rápido!
P.S. - O chamado "Lago" é o maior vestígio do fosso com água que protegia a fortaleza. As imagens são só uma amostra pois há muito mais, lixo claro...
Lusitano Vildemoinhos vs Abraveses: 2-2
Terminou com um empate a duas bolas o desafio que nesta tarde chuvosa, fria e escura se disputou no Estádio dos Trambelos em Vildemoinhos. A contar para o Campeonato Distrital da 1ª Divisão da Associação de Futebol de Viseu/Série Sul encontraram-se dois vizinhos e portanto havia muita energia no ar. Foi o Lusitano que por duas vezes se adiantou no marcador e viu fugir a vitória nos derradeiros minutos do tempo de compensação, 6 minutos, algo exagerados que o juiz da partida que teve algumas decisões erradas e contestadas determinou. O relvado encharcado e depois em mau estado condicionou o desempenho das duas equipas e acabou por favorecer o Grupo Desportivo de Abraveses que apresentou um futebol mais directo e jogadores mais pesados. Na bancada coberta os apoiantes de ambas as equipas eram em número idêntico, porém as "Trambelas" faziam ouvir-se mais e mesmo desiludidas com o resultado não deixaram de apoiar no final do jogo a sua equipa do coração. Na bancada descoberta, com pouca gente e abrigada nos cedros, a nota de realce vai para o claque dos "Ultra Trambelos" que como é habitual marcaram ruidosa presença.
20090122
Tito Paris e O’queStrada no Teatro Viriato
Clique sobre a imagem para aumentar ou vá à página do "Teatro Viriato" [ligação]
Novo Mobiliário no Campo de Viriato
20090120
D. António Alves Martins - Bispo de Viseu
D. António Alves Martins à noite...
20090118
A Cava de Viriato em 1909
E a Cava de Viriato em 2009
O grande ciclone causou, em poucas horas, estragos em quase todo o território continental, com particular violência na região centro, nomeadamente na cidade de Coimbra, onde se registaram ventos máximos da ordem dos 135 km/h.
20090115
A Ponte de Pau...na Actualidade
VISEU - RECORDAÇÕES
(...)
Onde faço juízos matreiros
Umas vezes à vara – outras a remar
Quantos foram hoje os meus companheiros
Nesta barca da saudade a navegar
Até às Três Pedras, até à Ponte de Pau?
...... às vezes fico a meditar
Quando escrevo estas recordações
Como era possível:
Remar!
Mergulhar!
Nadar!
Lanchar!
Navegar!
Uma tarde inteira
Nas barcas da Ribeira
Por pouco mais de dez tostões!...
Ricardo Sandro - José Alves Madeira [ler tudo]
"Viseu de Jos" - Maramures na Roménia
Teatro Viriato 10 Anos
20090113
O Futuro Funicular em Viseu
As opiniões sobre este enorme investimento dividem-se. Vamos aguardar para ver se esta iniciativa se irá traduzir em benefícios para os comerciantes e que outros ganhos trará para a cidade. Depois da curiosidade dos primeiros meses o número de passageiros transportados será um bom indicador.
Estou curioso de ver o funicular, nos dias de maior movimento, atravessar a ponte sobre o rio Pavia, o “abre e fecha” dos portões da Feira de São Mateus, o atravessamento de um rio de gente e por fim a saída da feira para parar na estação inferior.
Cristiano Ronaldo
"Riscos na Cidade" - José Almeida
20090111
Bem-Hajam pelos 190 Mil
"A traição de Galba"
Uma história do tempo dos Romanos
(...) "Depois de muitas lutas, os chefes lusitanos decidiram propor a paz. Se os Romanos lhes dessem boas terras férteis na planície, não lutariam mais.
Um chefe romano chamado Galba fingiu aceitar a proposta e ofereceu-lhes um local esplêndido na condição de entregarem as armas. Mas quando os viu espalhados por uma zona sem esconderijos e já sem hipóteses de se defenderem, esqueceu a palavra dada, cercou-os, matou nove mil homens e, não contente com isso, aprisionou mais de vinte mil e enviou-os como escravos para a Gália (actual França).
Galba pensava que a notícia desta vitória seria muito bem recebida em Roma e talvez até estivesse à espera de alguma recompensa. Também pensava que a violência do seu ataque tinha destruído para sempre a resistência dos Lusitanos. Afinal enganou-se redondamente.
As autoridades romanas davam muito valor às vitórias militares mas exigiam lealdade na guerra e respeito pelos inimigos. Quando souberam que Galba mentira aos Lusitanos para os vencer à traição e que atacara homens desarmados, homens que tinham confiado na palavra de um chefe romano, ficaram indignados. Em vez de recompensas, Galba foi chamado a Roma e julgado em tribunal. Nunca mais voltou à Península Ibérica.
Quanto ao efeito da violência bruta sobre os Lusitanos, foi exactamente o contrário do que Galba esperava. Em vez de ganharem medo, ganharam raiva contra o inimigo. Um dos homens que conseguiram escapar à carnificina tomou a seu cargo a vingança e a revolta. Chamava-se Viriato. Dois anos mais tarde já tinha consigo um exército de milhares de homens vindos de vários castros; desencadeou ataques sucessivos contra os Romanos, alcançando tantas vitórias que passou à história como um grande herói, um chefe invencível." (...)
Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, Portugal - in "História e Lendas", Ed. Caminho [Mais sobre obra e as autoras]
O Muro da Discórdia na Cava de Viriato
Foram cinco os Lusitanos que à voz de comando do Viriato resolveram dar ouvidos aos moradores e também no interesse dos visitantes derrubaram, pela calada da noite, parte do muro da discórdia. Parece que os guerreiros lusitanos terão de intervir de novo... porque, há várias semanas, todos os candeeiros que ladeiam o novo arruamento que liga a rua à Casa da Águias estão apagados.
20090108
O Futuro Museu do Quartzo em Viseu
"Quinta da Lagoa"
"Tem coatro vezinhos - 4. Pessoas trese - 13 - dá todo o genero de fructos; sua agoa hé mui salutifera, e fica distante desta cidade bom coarto de legoa"
Vizeu de Setembro 29 de 1758.
Nicolão António Fuigueiredo
Retirado com o devido agradecimento de “Notícias e Memórias Paroquiais Setecentistas – 1. Viseu”, de João Nunes de Oliveira .
20090106
"Dia de Reis" em Viseu
Outros "Reis Magos"
20090105
Iluminações do Natal e Ano Novo
Baltazar o "Rei Mago" Africano
Toda esta conversa preliminar tem por objectivo contar porque razão o meu presépio tem dois "Reis Magos" negros. É verdade! Tem dois "Baltazares" e porque motivo? Num Inverno de há cerca de meio século resolvi colocar uma pequenita vela para iluminar o presépio, o meu sonho era ter umas luzes verdadeiras, só que durante a noite a vela tombou e acabou escurecendo um dos reis. É desde esse Natal que o meu presépio tem um rei branco, um bem negro e outro "mulato", graças à chama duma vela tombada numa noite fria de Dezembro, como elas costumavam ser quando o Inverno ainda era Inverno.
20090104
A "Cava de Baixo" em 1936
A "Cava de Baixo" em 2009
Um dos objectivos do programa delineado pelo gabinete de arquitectura responsável pelas obras de "Recuperação e arranjo... " era restituir à fortaleza o aspecto de uma muralha de terra difícil de transpor. Para obter esse resultado foram desmontadas as duas escadarias abertas na muralha com degraus de granito que existiam nas costas do monumento a Viriato, foram também entulhadas várias rampas de acesso ao topo da muralha, foi igualmente entulhada a chamada Cava de baixo, uma passagem aberta na muralha quando no séc. XIX [artigo anterior] ali foi construído o agradável passeio público que a fotografia do artigo anterior mostra e o texto descreve e elogia. A referida imagem não mostra o monumento a Viriato da autoria de Mariano Benlliure porque este apenas ali foi colocado em data posterior, em 1940 a data dos centenários (1140, 1640 e 1940) muito celebrados pelo Estado Novo, o regime político criado por António de Oliveira Salazar.
O entulhamento do passeio inferior também levou ao desaparecimento do recanto com bancos de granito em forma de semicírculo (visível na foto anteriormente citada) onde existia um bonito bebedouro em ferro fundido que há muito estava seco e outros bancos que tornavam o local convidativo ao repouso e à contemplação. Aconteceu que do trabalho de "recuperação" resultou uma parede de terra descontínua com uma espécie caminho e rampa que tornam mais fácil o escalamento da antiga fortaleza. Os mais jovens trepam mesmo junto dos locais onde estavam as escadarias pois não estão para se dar ao trabalho e perder tempo para caminhar mais de uma centena de metros e utilizar a nova escadaria construída junto da Rua do Picadeiro. A infeliz solução encontrada para tapar a escadaria que ligava o monumento à Cava de baixo é convidativa [artigo anterior] e muitas vezes as cervejas não podem esperar...
"Ano novo, vida nova!"
20090103
Os "Reis" estão mesmo chegar...
Os Evangelhos são pouco esclarecedores sobre as 3 personagens que vindas do Oriente, guiadas por uma estrela, procuravam o rei dos Judeus e encontraram um menino pobre em Belém. Este é um episódio relatado de modo vago no Evangelho de S. Mateus (Mateus 2, 1-12) a que ao longo dos séculos foram sendo acrescentados pormenores. A designação de “Magos” era dada por alguns povos do Oriente aos sábios, astrólogos e membros de classes sacerdotais. Mais tarde foi-lhes acrescentado o título de “Reis” para lhes aumentar o mérito.
O número e os nomes dos “Reis Magos” são meras suposições sem qualquer base histórica, foi uma tradição posterior aos Evangelhos que lhes deu os nomes de Baltasar, Gaspar e Belchior (ou Melchior). Igualmente lhes foram atribuídas características próprias: Belchior (ou Melchior) seria o representante da raça branca (europeia), Gaspar representaria a raça amarela (asiática) finalmente Baltasar representaria a raça negra (africana), estavam assim representadas todas as raças bíblicas. A adoração dos “Reis Magos” ao Menino Jesus simboliza a homenagem de todos os homens, mesmo reis, os senhores da Terra, se curvaram perante Jesus menino. A versão actual da história foi fixada no século XVI e também ditou as idades dos “Reis Magos”, Belchior teria 60 anos, Gaspar 40 anos e Baltasar 20 anos. O Dia de Reis celebra-se tradicionalmente a 6 de Janeiro, partindo-se do princípio que foi neste dia que os três chegaram finalmente junto do Menino Jesus.
Em alguns países é neste dia em que se entregam os presentes a vizinha Espanha é um deles. No Natal ou nos Reis este é um hábito que continuará apesar do Natal ser cada vez mais um tempo para o negócio.
A representação dos “Reis Magos”, na rotunda da Via Sacra, tem duas características invulgares que certamente não terão escapado aos olhares mais atentos. Se ainda não deu por elas, uma é mais evidente, tenha cuidado se for ao volante não vá originar ou ser vítima de algum acidente. A Continuar...