Placa toponímica da Rua Capitão Leitão, em Farminhão
Em 31 de Janeiro de 1891 eclodiu no Porto uma revolta militar em que esteve envolvido o capitão António Amaral Leitão, do Regimento de Infantaria 10 aquartelado no Porto. Natural de Farminhão, nascido no dia 7 de Março de 1845, foi um dos principais revoltosos que pretendiam derrubar o regime monárquico e proclamar a República. O capitão Leitão foi mesmo considerado o “Chefe” da insubordinação. Falhada a insurreição a maioria dos envolvidos, militares e civis, foram detidos ou tiveram de pôr-se em fuga. O capitão procurou fugir a cavalo para Farminhão mas foi denunciado, ao passar em Albergaria-a-Velha, por um padre e acabou detido. Julgado em Conselho de Guerra, num barco fundeado ao largo de Leixões, foi condenado a seis anos de prisão ou vinte anos de degredo em África, tendo optado pela segunda pena. Chegado a Angola tentou voltar a Portugal, embarcando clandestinamente num barco e escondido num caixote de madeira, na companhia do também condenado actor Miguel Verdial. Apesar de descobertos conseguiram fugir e alcançar Paris. O capitão Leitão logrou refugiar-se no Brasil, tendo regressado a Portugal em 1901, vindo a falecer no dia 14 de Janeiro de 1903. Foi sepultado no cemitério da freguesia onde nasceu, facto recordado por uma lápide que o regime ditatorial de Salazar, não consentiu que fosse descerrada por um grupo de republicanos e democratas em 1947. [Saber + ]