(…) “Logo que Viriato disto houve noticia, acudio immediatamente a este ponto, e como não podesse escallar os muros de terra, poz-lhe cerco até obrigar Nigidio, pela fome e estratagema, a render-se ou pelejar. Com effeito o pretor sahio a campo, mas em poucas horas foi derrotado, perdendo as aguias, e quase todo o exercito.
Isto se passava, como dizem, pelos anos de 146 antes da era vulgar, e se dermos attenção ao do maravilhoso, e ao gosto das estultas etymologias, alguém pretende que duas povoações visinhas da Cava de Viriato attestão ainda hoje por seus nomes a grandeza daquella batalha. Abravezes dizem ser corrupção da palavra braveza, que denota o furor com que combaterão os lusitanos; e Aguieira era o lugar onde estavão as aguias romanas no pretorio do arraial.” (…)
Isto se passava, como dizem, pelos anos de 146 antes da era vulgar, e se dermos attenção ao do maravilhoso, e ao gosto das estultas etymologias, alguém pretende que duas povoações visinhas da Cava de Viriato attestão ainda hoje por seus nomes a grandeza daquella batalha. Abravezes dizem ser corrupção da palavra braveza, que denota o furor com que combaterão os lusitanos; e Aguieira era o lugar onde estavão as aguias romanas no pretorio do arraial.” (…)
José d'Oliveira Berardo, citado in "Portugal Antigo e Moderno - Diccionario..." de Augusto de Pinho Leal, continuado por Pedro Augusto Ferreira - Lisboa 1890. (Veja os artigos anteriores sobre "Berardo" clicando na etiqueta)