EDITORIAL


Quando eu me poupe a falar,
Aperta-me a garganta e obriga-me a gritar!
José Régio


Aqui o "Acordo Ortográfico" vale ZERO!
Reparos ou sugestões são bem aceites mas devem ser apresentadas pessoalmente ao autor.

20170707

Desci ao Rio Pavia


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Ao passar na ponte da Avenida Emídio Navarro não pude deixar de olhar o rio Pavia, à beira do qual cresci e que só não me levou pela correnteza abaixo, quando muito pequenito me meti na água para ir atrás de um bola de plástico que me fugiu, porque uma das lavadeiras levantou as saias e foi a correr tirar-me da água. Depois de me ralhar, pegou-me ao colo e foi entregar-me à minha mãe que ficou muito aflita ao ver-me chegar de calções encharcados.  A bola para minha pena foi rio abaixo! Hoje a minha atenção foi atraída por um objecto verde que avistei na represa da Casa da Ribeira e claro tive saber que raio de coisa era aquela. Com a máquina fotográfica verifiquei que era um artefacto meu conhecido. Dei a volta pela rua do Coval, contornei as traseiras da casa, caminhei sobre a represa e confimei que o artefacto, era parte de uma das bogas coloridas que os alunos do Agrupamento de Escolas Grão Vasco colocaram no rio. Estava esclarecido o mistério... O que terá acontecido? algum vândalo resolveu atacar a boga...



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Deitei os olhos ao leito do rio que infelizmente continua coberto por uma placa cimento e ferro, um facto que deveria envergonhar a Cidade-Jardim, que tem um rio que mais parece um caneiro e vi muitos lagostins que ao anoitecer estavam a procurar refúgio nos buracos da represa e do cimento. Já que ali estava, desci ao pavimento e aproveitei para fotografar essa praga que são os lagostins vermelhos (Procambarus clarkii) que enxameiam o Pavia.