A Capela da Nª. Srª. da Vitória estava localizada frente ao antigo Convento de Santo António de Massorim e à esquerda da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco. Em 1955 para permitir a abertura da Avenida Salazar, actual Avenida 25 de Abril, foi demolido o convento franciscano, onde estava aquartelado o RI14 e a capela foi transferida para a antiga parada que foi transformada num parque ajardinado – o “Parque da Cidade”, depois o Parque Aquilino Ribeiro.
A capela terá sido construída como forma de agradecimento pela ajuda concedida por Nª. Senhora, na luta com o que restava da hostes castelhanas que depois de derrotadas em Aljubarrota, em 14 Agosto de 1385, em retirada passaram por Viseu. A cidade não possuía defesa amuralhada eficaz, facto que foi aproveitado para saquear e incendiar a cidade. Os viseenses reagiram e conseguiram, em 27 de Agosto de 1385, expulsar os invasores depois de terem invocado a ajuda da Virgem. Com o passar dos séculos a primitiva ermida caiu em ruína e finalmente foi reconstruída em 1605, durante a ocupação filipina, por iniciativa do cónego António de Almeida Abreu.
O pequeno templo de planta rectangular tem uma única nave, tecto em madeira e apenas um altar. É um edifício singelo possuindo campanário e pequeno sino, dotado de portal com colunas coríntias, encimado por um nicho com a Virgem e o Menino, ladeado por duas pedras de armas, (Cardosos e Almeida e dos Abreus e Costas), os cunhais são rematados por dois pináculos.
A Capela de Nª. Srª. da Vitória foi considerada Imóvel de Interesse Público, por Despacho de 17 de Fevereiro de 1947.
Em 1890 a Capela de Nossa Senhora da Vitória era relacionada no tópico dos “Templos extinctos”:
“Capella de Nossa Senhora da Victoria, no rocio de Santo António, hoje Passeio de D. Fernando.
Era uma das mais luxuosas e mais formosas capellas de Viseu.
Foi fundada pelo conego Antonio d’Almeida Abreu, que sobre a porta d’ella colocou dois escudos com brasões diferentes.
Em 1733 foi doada pelo cabido, sede vacante, aos irmãos da ordem 3.ª de S. Francisco.
Tem uma fronte elegante e n’ella a inscrição seguinte:
ESTA CAPELLA DA SENHORA DA VICTORIA MANDOU FAZER E DOTOU POR SUA DEVOÇÃO O CONEGO ANTONIO D’ALMEIDA ABREU 1605”
“PORTUGAL ANTIGO E MODERNO, DICCIONARIO...” de Augusto Soares de Azevedo Barbosa de Pinho Leal, continuado por Pedro Augusto Ferreira. Lisboa, Livraria Editora de Tavares Cardoso & Irmão, 5 - Largo de Camões – 6, 1890.
“Capella de Nossa Senhora da Victoria, no rocio de Santo António, hoje Passeio de D. Fernando.
Era uma das mais luxuosas e mais formosas capellas de Viseu.
Foi fundada pelo conego Antonio d’Almeida Abreu, que sobre a porta d’ella colocou dois escudos com brasões diferentes.
Em 1733 foi doada pelo cabido, sede vacante, aos irmãos da ordem 3.ª de S. Francisco.
Tem uma fronte elegante e n’ella a inscrição seguinte:
ESTA CAPELLA DA SENHORA DA VICTORIA MANDOU FAZER E DOTOU POR SUA DEVOÇÃO O CONEGO ANTONIO D’ALMEIDA ABREU 1605”
“PORTUGAL ANTIGO E MODERNO, DICCIONARIO...” de Augusto Soares de Azevedo Barbosa de Pinho Leal, continuado por Pedro Augusto Ferreira. Lisboa, Livraria Editora de Tavares Cardoso & Irmão, 5 - Largo de Camões – 6, 1890.
Fonte principal: "Monumentalidade Visiense” de Júlio Cruz e Jorge Braga da Costa , Edição AVIS, Viseu 2007. Saber Mais