Há cerca de cinco décadas a construção desta ponte era, muitas vezes, erróneamente atribuída aos romanos. Na verdade a ponte foi mandada construir pelo Arcerdiago de Pindelo, Francisco Coelho de Campos, corria o séc. XVIII como consta na inscrição gravada na base do cruzeiro de granito próximo:
“Este Cruzeiro e Ponte mandou fazer à sua custa Francisco Coelho Campos”.
Os trabalhos decorreram entre 1738 e 1767 e a ponte era muito útil para quem vivia na margem direita do rio Pavia em; Orgens, São Martinho, Quintela, Santo Estêvão e ainda mais para longe. A obra era parte de um sistema que integrava um açude, utilizado para alimentar um moinho e ainda regar terrenos agrícolas próximos.
À esquerda da ponte é visível a abertura por onde a água depois de desviada, retornava ao leito do rio depois de ter feito rodar a mó do moinho e transformar os cereais em farinha,
À esquerda da ponte é visível a abertura por onde a água depois de desviada, retornava ao leito do rio depois de ter feito rodar a mó do moinho e transformar os cereais em farinha,
De notar que do lado esquerdo ainda se vê uma passagem para o rio, feita através de uma calçada construída com grandes lajes, que desapareceu porque foi entulhada com terra e quem sabe se com as pedras do muro vizinho.
Lamenta-se que o moinho, as casas e os anexos da quinta que a câmara municipal através do programa POLIS anunciou reconstruir, continuem vergonhosamente a degradar-se e a cair de podres [ligação].
Postal ilustrado, sem data, provavelmente dos meados do séc. XX, da colecção Passaporte (LOTY) com o nº 34
