EDITORIAL


Quando eu me poupe a falar,
Aperta-me a garganta e obriga-me a gritar!
José Régio


Aqui o "Acordo Ortográfico" vale ZERO!
Reparos ou sugestões são bem aceites mas devem ser apresentadas pessoalmente ao autor.

20170602

Brasão da Cidade de Viseu


GIF via GIPHY

D. Maria I, mandou cobrar contribuição sobre todo vinho, vendido na comarca de Viseu, para financiar a construção do novo Hospital da Misericórdia de Viseu

“Hospital Novo

Lançou-lhe com grande pompa a primeira pedra o bispo D. Francisco Monteiro Pereira d’Azevedo no dia 29 de março de 1793 e sob a mesma pedra se colocou um exemplar de todas as moedas portuguezas cunhadas até aquelle tempo no reinado de D. Maria I, a qual, por provisão de 12 de Fevereiro de 1799, obrigou todos os concelhos da antiga comarca de Viseu a pagarem um real de contribuição por cada quartilho de vinho e arratel de carne em favor das obras do dicto hospital, mas muitos concelhos, alegando a distância d’elles à séde da comarca, não quiseram sujeitar-se á dicta contribuição. Alguns foram compelidos judicialmente e outros nada pagaram até hoje, pelo que, aberto o novo hospital, a Misericórdia se recusou a aceitar doentes pobres d’aqueles concelhos e só mediante uma avença com as respectivas camaras os aceita, - avença que hoje é de 160 réis diarios pelo tractamento de cada doente pobre dos ditos concelhos.”(…)

Fonte: “PORTUGAL ANTIGO E MODERNO, DICCIONARIO…” de Augusto Soares de Azevedo Barbosa de Pinho Leal, continuado por Pedro Augusto Ferreira, Lisboa, Livraria Editora de Tavares Cardoso & Irmão, 5 - Largo de Camões – 6, 1890.

Ilustração: Brasão da Cidade de Viseu, no edifício do antigo hospital (actualmente transformado em "Pousada"). O rei de Leão, Ramiro II, está sobre as muralhas de Gaia, fortaleza onde entrou disfarçado de peregrino, soprando a buzina referida na "Lenda de Gaia", com uma bandeira na mão esquerda. O logro teve a finalidade de permitir resgatar vários familiares, a esposa e os filhos do rei que nesta difícil e perigosa empresa, contou com a ajuda de muitos homens de Viseu. A árvore simboliza a floresta, na qual ficaram escondidos os guerreiros que ao ouvir soar a buzina, assaltaram a fortaleza cuja porta estava escancarada.