Os trabalhos de corte da “relva”, para ser mais preciso do feno por vezes com mais de um metro de altura, e de limpeza da vegetação indesejável na Cava de Viriato ficaram, sem motivo ou explicação óbvia, a meio e foram executados de maneira incorrecta de tal modo que em vários locais arrancaram pela raiz as plantas e também levaram a terra. Como as imagens obtidas na Rua dos Plátanos evidenciam a muralha ficou, nalguns locais, exposta de tal modo que a chuva provocará a erosão dos velhos muros. O trabalho de corte com as aparadoras de fio é de difícil e morosa execução e se não forem tomadas as precauções necessárias, a utilização de cordas ou cabos de segurança, facilmente poderão acontecer perigosas quedas. A decisão de arrelvar a Cava de Viriato parece-me ter sido mais um erro a juntar à desastrada e desastrosa opção pela construção da “passadeira” de granito que finalmente está a ser remendada a um ritmo menor que o “passo do caracol”.
A destruição da vegetação levada a cabo por uma máquina “destroçadora”, montada num braço mecânico e transportada por um tractor, deixou bem à vista um outro “remendo”, feito em ocasião anterior, porque a muralha foi construída com terra batida, limpa de pedras e cascalho, num pequeno troço do lado Poente da Rua dos Plátanos onde ficou exposta pedra miúda.
Finalmente vou explicar a razão da apresentação das rosas. Estas pequenas e bonitas flores encontrei-as num muro de granito junto da antiga Quinta dos Padres, a única parcela que até há pouco ainda permanecia na posse da Igreja Católica depois de o Infante D. Henrique ter doado toda a cava ao Cabido da Sé que dela tomou posse em 18 de Abril de 1461, e alguns dias depois verifiquei que não foram poupadas pelas máquinas. Certamente que na próxima Primavera as roseiras com as sua raízes, bem abrigadas nas frestas do velho muro de pedras soltas e tisnadas pelos anos, voltarão a florir. Prometo voltar lá para ver!