EDITORIAL


Quando eu me poupe a falar,
Aperta-me a garganta e obriga-me a gritar!
José Régio


Aqui o "Acordo Ortográfico" vale ZERO!
Reparos ou sugestões são bem aceites mas devem ser apresentadas pessoalmente ao autor.

20080914

A Cidade de Vizeu em 1884


Viseu vista da Alameda Engº Messias Fuschini com o campo José Alves Madeira em primeiro plano

A cidade de Vizeu é uma das mais antigas de Portugal, podendo a este respeito competir com as que mais se abonam em primazia de vetustez. Como sucede a todas as povoações cuja fundação se occulta na penumbra dos séculos, Vizeu, possue lendas e fabulas, que a poesia tem revestido de roupagens mirabolantes, mas que a historia põe de parte porque, mais prosaica e positiva, não se prende com as lendárias ficções que as gerações vão transmitindo umas às outras. Poderíamos aqui fallar de Viriato, o celebre capitão dos luzitanos e terror dos romanos, da Cava, do ultimo rei dos godo, Ramiro; mas deixando isto aos archeologos e antitquarios, diremos unicamente que Vizeu foi sempre uma das povoações mais importantes da monarchia portugueza, não so pela situação, commercio e industria, mas também pelo numero de varões eminentes com que tem dado lustre a Portugal e ao mundo”.(...)
(...) “Vizeu conta uns nove mil habitantes. E’ muito sadia, farta d’aguas excellentes e de todos os productos agricolas do nosso paiz. Tem arrabaldes lindissimos, amenos e pittorescos. De alguns sítios disfructam-se panoramas surprehendentes.”
(...)

C. Seixas in “Album de Vizeu” – Typographia Universal, Rua do Almada, 347, Porto - 1884