EDITORIAL


Quando eu me poupe a falar,
Aperta-me a garganta e obriga-me a gritar!
José Régio


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Reparos ou sugestões são bem aceites mas devem ser apresentadas pessoalmente ao autor.
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20170813

A Nova "Praça de Viriato"


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Aspecto de uma das mais badaladas novas arquitecturas da feira anual de Viseu de 2017. Esta é a anunciada Praça/Jardim instalada à Porta de Viriato que mais parece uma imitação dos Jardins Efémeros, instalados em anos anteriores, na Praça D. Duarte mas com a inovação da cobertura e da utilização de água vaporizada, para refrescar o espaço onde está instalado um dos maiores patrocinadores da feira, com um stand dirigido aos emigrantes.

20100320

Novidades na "Cava de Viriato"


CAVA DE VIRIATO:
A HISTÓRIA E O MITO

Não é difícil colar a imaginação à História. Se essa mesma imaginação estiver imbuída de uma intenção clara e propositada, então acaba por ser assimilada como verdade histórica. Foi o que aconteceu com o monumento conhecido como “Cava de Viriato” que apenas começou assim a ser denominada a partir do séc. XVI. Era uma época em que havia uma necessidade enorme de afirmação da identidade nacional que veio a ser consubstanciada anos mais tarde com a Restauração. Os heróis da Restauração foram comparados aos Lusitanos e ao seu mítico chefe é então atribuído o maior monumento de Portugal.
Até então este monumento era referenciado como “cava” tendo havido ao longo da história dezenas de autores que lhe fizeram referência. As interpretações foram as mais variadas, desde circo a grande curral, havendo, no entanto, unanimidade em conferir-lhe a função de acampamento militar da época romana.
Hoje, fruto das investigações que têm sido efectuadas nos últimos anos, podemos afirmar com alguma certeza que a Cava de Viriato deve corresponder a uma cidade-acampamento de época islâmica, seja da conquista do séc. VIII ou do período de Almansor.
Se até aqui a importância deste monumento era por ser um dos poucos acampamentos romanos do país, agora, como cidade-acampamento islâmica, a Cava de Viriato assume um relevo acrescido, não havendo paralelo tão bem conservado conhecido no resto da Europa.
CAVA DE VIRIATO
CIDADE-ACAMPAMENTO ISLÂMICA
Entre os séculos VIII e XI, Viseu foi uma típica cidade de fronteira, ora disputada por cristãos, ora por muçulmanos.
O território entre Douro e Mondego foi domínio islâmico precário desde as conquistas de Musa e Abd al-Aziz em 714 e 715, até à segunda metade de séc. IX. Este domínio só se torna efectivo nos finais do séc. X com as campanhas militares de Almansor (o Vitorioso).
Aproveitando a localização estratégica desta cidade, na retaguarda das terras do Douro, Almansor tornou Viseu num enclave militar por excelência tendo-se reunido aqui com os condes moçárabes que estavam sob a sua soberania em 977. Foi de Viseu que este general partiu para as suas campanhas militares, em 988 para Leão, em 995 para Astorga, e em 997 para Santiago de Compostela, o baluarte da cristandade de então. No regresso de Santiago de Compostela foi em Viseu que Almansor se despediu e agradeceu aos condes moçárabes que o haviam acompanhado e distribuído o saque.

Viseu terá, assim, servido de rectaguarda ao exército de Almansor que, em campanha, podia reunir até 25000 homens a cavalo, regressando das campanhas com número elevado de cativos.
As novas placas informativas a que me referi em 2009/03/13 [ligação] já foram colocadas e por esse motivo ontem aproveitei para as fotografar. São três e foram criadas pela empresa viseense "Arquehoje" [ligaçãoque acompanhou os trabalhos de "requalificação e também é responsável pelos textos em português e inglês. Hoje apenas irei divulgar, com o devido agradecimento, o conteúdo das placas existentes junto do monumento a Viriato (A História e o Mito) e na nova praça de acesso à "Cava de Viriato" (Cidade-Acampamento Islâmica), cuja existência não está  sinalizada. A terceira placa dedicada à descrição e construção da fortaleza será assunto para próxima oportunidade.

P.S. - Aproveito para "sinalizar" que a nova iluminação não tem qualquer utilidade pois continua inexplicavelmente desligada.

20100306

Viriato "A La Minuta" ...

Desde as primeiras décadas do século XX que nos jardins, praias, miradouros e outros locais mais visitados começaram a aparecer, principalmente nos meses de Verão, os fotógrafos "A la minuta". Durante o resto do ano alguns andavam de aldeia em aldeia a oferecer os seus serviços ou a fotografar em festas, romarias ou cerimónias religiosas.
Muitos usavam um colorido "cavalinho" de madeira ou cartão que os rapazitos montavam alegremente enquanto sorriam para a lente na frente do "caixote de madeira". Também executavam fotos tipo passe, mais baratas e com maior rapidez, embora de menor qualidade, que os fotógrafos de porta aberta. Era necessário ficar muito quietinho senão a foto ficava tremida...
Além da máquina o fotógrafo ambulante transportava um balde, frascos de químicos, vasilhas com água para e lavar as fotos que depois pendurava num cordel a secar, usando molas de madeira da roupa.
Os fotógrafos mais habilidosos produziam, usando cartões recortados, imagens dentro de "molduras", muitas vezes corações enlaçados que eram muito apreciados pelos namorados. O "caixote" montado sobre um tripé estava equipado com uma manga de pano negro e era, simultaneamente, máquina fotográfica e câmara escura. Para mim era um mistério quando o via colocar, de cabeça para baixo, aquilo que mais tarde vim a saber ser o negativo numa tábua de frente para a objectiva. Lateralmente e emolduradas podiam ver-se várias fotos que serviam como amostras.
Tive a sorte de conhecer na "Cava de Viriato", nos finais década de 50, quando ainda era muito pequeno, um fotógrafo "A la minuta". Muitas vezes fui ver o Sr. Joaquim Ramirez, um portuense de origem galega, um homem alto de bonita figura e de boina espanhola no alto da cabeça, fazer magia com o seu “caixote”, um balde com água, uma esponja e por fim uma toalha para limpar as mãos.
Magalas, sopeiras, estudantes e alguns visitantes pareciam ser os seus melhores clientes. Depois apareceram os primeiros "Kodak´s", máquinas fotográficas pessoais baratas e depois as "Polaroid's", e os fotógrafos ambulantes foram condenados. Mas ainda há alguns por aí que continuam a "encantar" usando uma velha mas fantástica tecnologia que permite guardar um pedaço do tempo num papel.
O Sr. Joaquim habitualmente exercia a sua arte, executava os seus números de magia do lado direito do Viriato, à esquerda das imagens, costumava usar o monumento como fundo e o friso da parede de granito, onde está inscrita a dedicatória do monumento, erigido em 1940 e da autoria de Mariano Benlliure, para secar as suas fotos ao sol.

Veja uma foto antiga [ligação], outra mas desta vez recente [ligação]

20100206

Viriato desafiando os romanos e a neve


(...) "É possível que Viriato estivesse presente quando os lusitanos iniciaram a guerra contra Roma nos anos 154-153, portanto muito longe das primeiras notícias escritas sobre ele. Entretanto a lenda crescera e os romanos aproveitaram Viriato para minimizar os seus fracassos nas campanhas da Lusitânia. Valorizaram demais os seus poderes e a sua compleição de homem formado nas montanhas, resistente à fome e ao frio, hábil na guerrilha de ataque e fuga, para justificar em Roma os próprios desaires. Que não seriam tanto militares como políticos. Ia-se para a guerra para fazer fortuna, e fazê-la durar seria uma técnica de generais-burocratas que do acampamento faziam gabinete de intrigas e de secretas combinações rendosas." (...)

Agustina Bessa-Luís in "Fama e Segredo na História de Portugal", Ilustrações e vinhetas de Lucy Pepper, Capa e paginação de Ilídio J. B. Vasco, Editora "Guerra e Paz", Lisboa, Janeiro de 2010

20100130

Malta amiga visita o Viriato



Ontem pela manhã o Viriato recebeu a visita de muita pequenada. Vieram em vários autocarros que ficaram no fronteiro "Campo de Viriato", agora transformado num enorme parque de estacionamento. Também aproveitaram e subiram até à Sé no funicular.
Já corre por aí que a secular "Feira de São Mateus" poderá voltar a realizar-se no interior da "Cava de Viriato" e a nova "Praça de Viriato", uma obra POLIS, servirá em definitivo como local para arrumar as viaturas.

P.S. - Já me estava a esquecer de "sinalizar" que a nova iluminação da "Cava de Viriato" continua desligada.

20070310

As Mais Belas Rotundas de Portugal



Mão amiga e com experiência autárquica, na oposição, fez-me chegar esta sugestão. Bem-haja e aqui vai...
Consulte o índice das "Mais Belas" ou vá directo à mini rotunda do Viriato.[Dolo Eventual - ligação]