EDITORIAL
Aperta-me a garganta e obriga-me a gritar!
José Régio
Aqui o "Acordo Ortográfico" vale ZERO!
20170813
A Nova "Praça de Viriato"
20100320
Novidades na "Cava de Viriato"
CAVA DE VIRIATO:
A HISTÓRIA E O MITO
Hoje, fruto das investigações que têm sido efectuadas nos últimos anos, podemos afirmar com alguma certeza que a Cava de Viriato deve corresponder a uma cidade-acampamento de época islâmica, seja da conquista do séc. VIII ou do período de Almansor.
Se até aqui a importância deste monumento era por ser um dos poucos acampamentos romanos do país, agora, como cidade-acampamento islâmica, a Cava de Viriato assume um relevo acrescido, não havendo paralelo tão bem conservado conhecido no resto da Europa.
CAVA DE VIRIATO
CIDADE-ACAMPAMENTO ISLÂMICA
Entre os séculos VIII e XI, Viseu foi uma típica cidade de fronteira, ora disputada por cristãos, ora por muçulmanos.
O território entre Douro e Mondego foi domínio islâmico precário desde as conquistas de Musa e Abd al-Aziz em 714 e 715, até à segunda metade de séc. IX. Este domínio só se torna efectivo nos finais do séc. X com as campanhas militares de Almansor (o Vitorioso).
Aproveitando a localização estratégica desta cidade, na retaguarda das terras do Douro, Almansor tornou Viseu num enclave militar por excelência tendo-se reunido aqui com os condes moçárabes que estavam sob a sua soberania em 977. Foi de Viseu que este general partiu para as suas campanhas militares, em 988 para Leão, em 995 para Astorga, e em 997 para Santiago de Compostela, o baluarte da cristandade de então. No regresso de Santiago de Compostela foi em Viseu que Almansor se despediu e agradeceu aos condes moçárabes que o haviam acompanhado e distribuído o saque.
Viseu terá, assim, servido de rectaguarda ao exército de Almansor que, em campanha, podia reunir até 25000 homens a cavalo, regressando das campanhas com número elevado de cativos.
20100306
Viriato "A La Minuta" ...
Muitos usavam um colorido "cavalinho" de madeira ou cartão que os rapazitos montavam alegremente enquanto sorriam para a lente na frente do "caixote de madeira". Também executavam fotos tipo passe, mais baratas e com maior rapidez, embora de menor qualidade, que os fotógrafos de porta aberta. Era necessário ficar muito quietinho senão a foto ficava tremida...
Além da máquina o fotógrafo ambulante transportava um balde, frascos de químicos, vasilhas com água para e lavar as fotos que depois pendurava num cordel a secar, usando molas de madeira da roupa.
Os fotógrafos mais habilidosos produziam, usando cartões recortados, imagens dentro de "molduras", muitas vezes corações enlaçados que eram muito apreciados pelos namorados. O "caixote" montado sobre um tripé estava equipado com uma manga de pano negro e era, simultaneamente, máquina fotográfica e câmara escura. Para mim era um mistério quando o via colocar, de cabeça para baixo, aquilo que mais tarde vim a saber ser o negativo numa tábua de frente para a objectiva. Lateralmente e emolduradas podiam ver-se várias fotos que serviam como amostras.
Tive a sorte de conhecer na "Cava de Viriato", nos finais década de 50, quando ainda era muito pequeno, um fotógrafo "A la minuta". Muitas vezes fui ver o Sr. Joaquim Ramirez, um portuense de origem galega, um homem alto de bonita figura e de boina espanhola no alto da cabeça, fazer magia com o seu “caixote”, um balde com água, uma esponja e por fim uma toalha para limpar as mãos.
Magalas, sopeiras, estudantes e alguns visitantes pareciam ser os seus melhores clientes. Depois apareceram os primeiros "Kodak´s", máquinas fotográficas pessoais baratas e depois as "Polaroid's", e os fotógrafos ambulantes foram condenados. Mas ainda há alguns por aí que continuam a "encantar" usando uma velha mas fantástica tecnologia que permite guardar um pedaço do tempo num papel.
O Sr. Joaquim habitualmente exercia a sua arte, executava os seus números de magia do lado direito do Viriato, à esquerda das imagens, costumava usar o monumento como fundo e o friso da parede de granito, onde está inscrita a dedicatória do monumento, erigido em 1940 e da autoria de Mariano Benlliure, para secar as suas fotos ao sol.
20100206
Viriato desafiando os romanos e a neve
(...) "É possível que Viriato estivesse presente quando os lusitanos iniciaram a guerra contra Roma nos anos 154-153, portanto muito longe das primeiras notícias escritas sobre ele. Entretanto a lenda crescera e os romanos aproveitaram Viriato para minimizar os seus fracassos nas campanhas da Lusitânia. Valorizaram demais os seus poderes e a sua compleição de homem formado nas montanhas, resistente à fome e ao frio, hábil na guerrilha de ataque e fuga, para justificar em Roma os próprios desaires. Que não seriam tanto militares como políticos. Ia-se para a guerra para fazer fortuna, e fazê-la durar seria uma técnica de generais-burocratas que do acampamento faziam gabinete de intrigas e de secretas combinações rendosas." (...)
Agustina Bessa-Luís in "Fama e Segredo na História de Portugal", Ilustrações e vinhetas de Lucy Pepper, Capa e paginação de Ilídio J. B. Vasco, Editora "Guerra e Paz", Lisboa, Janeiro de 2010
20100130
Malta amiga visita o Viriato
Já corre por aí que a secular "Feira de São Mateus" poderá voltar a realizar-se no interior da "Cava de Viriato" e a nova "Praça de Viriato", uma obra POLIS, servirá em definitivo como local para arrumar as viaturas.
20070310
As Mais Belas Rotundas de Portugal
