Aldrabas, Batentes e Portas de Viseu

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Porta de ferro, com batente branco e auto-retrato

Impressão digital

Os meus olhos são uns olhos.

E é com esses olhos uns

Que eu vejo no mundo escolhos

Onde outros com outros olhos,

Não vêem escolhos nenhuns.

Quem diz escolhos diz flores.

De tudo o mesmo se diz.

Onde uns vêem luto e dores

Uns outros descobrem cores

Do mais formoso matiz.

Nas ruas ou nas estradas

Onde passa tanta gente,

Uns vêem pedras pisadas,

Mas outros, gnomos e fadas

Num halo resplandecente.

Inútil seguir vizinhos,

Querer ser depois ou ser antes.

Cada um é seus caminhos.

Onde Sancho vê moinhos

D. Quixote vê gigantes.

Vê moinhos? São moinhos.

Vê gigantes? São gigantes.

António Gedeão  In Movimento Perpétuo (1956)

Auto-retrato #15

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Não sou narcisista, o décimo quarto auto-retrato foi publicado em 23 de Agosto de 2014 e obtido na "Cava de Viriato". Os "romanos" atacaram à traição os meus dois blogues, vários milhares de fotos ficaram indisponíveis, mas o amigo do Viriato é rijo!

Auto-retrato na Cava de Viriato

Conforme prometido estou de volta apesar da hora já ser tardia. Desta vez estou a publicar um auto-retrato. Na verdade o meu blogue não é anónimo, há quase seis décadas que vivo em Viseu e muitos me conhecem, felizmente penso que a minha maneira de estar na vida não desagrada à maioria dos meus concidadãos. Claro que agradar a todos não é possível e já por várias vezes fui insultado e ouvi chamar ou murmurar, "nomes feios" aos meus pais por causas ligadas com conteúdos do blogue. Da última vez que me lembro foi, acreditem quando me "ladraram" ao passar. Mas que coisa esquisita - um homem a ladrar!

Outono na "Cava de Viriato"

Auto-retrato na "passadeira de granito" da cava

290.000 Bem-Hajam!

Os cafés regurgitam, nas ruas não há lugar onde estacione mais um carro. Santo Deus, que vem fazer tanta gente? Pois, espairecer e admirar as várzeas, os monumentos, Viriato, o Museu Grão Vasco, trocar duas larachas com o Mário Matos e o Gilberto ou encomendar dois ferros de arte ao Arnaldo Malho.

Aquilino Ribeiro in "Arcas Encoiradas", 1953 [Biografia]

Hoje Há Circo!!!

Para além de relembrar que hoje às 21h30 poderá ir assistir ao espectáculo do Circo Império Cardinali, instalado no espaço da feira-semanal, desejo anunciar que esta "mensagem" tem o número 3333! e já agora vou aproveitar para publicar mais um dos meus auto-retratos e agradecer o apoio de todos os meus amigos e visitantes com o tradicional e beirão - Bem-Hajam !

200.000 O Meu Bem-Hajam

Para celebrar o facto do contador ter ultrapassado o número redondo 200.000 resolvi, parece-me que estou a ficar vaidoso - defeito que nunca tive - publicar algumas fotos obtidas no meu "trabalho" de aprendiz de fotógrafo. As imagens foram captadas no local onde se juntam a Rua dos Loureiros, a Rua Silva Gaio, a Calçada de São Mateus e a Rua da Senhora do Postigo. Nesse local existiu e ainda se podem observar os vestígios de uma das sete portas da antiga muralha da cidade (1432/1481) conhecida como a Porta da Senhora do Postigo ou da Senhora das Angústias.
Também mudei a foto do meu "perfil" tirada há cerca de 50 anos no "José Ayres Studio - Viseu". Estas decisões pretendem agradecer toda a atenção dos meus amigos e das visitas que fizeram o favor de me dispensar um pouco da sua preciosa atenção.Para todos e mais uma vez, seguindo a tradição beiroa, a todos o meu Bem-hajam.

AJ

Na Avenida 25 de Abril

A figura em destaque nesta imagem desconfiava e com razão diga-se do grande viseense que foi o Dr. José de Azeredo Perdigão a quem apelidava de "vermelhusco".
Depois vencer um "concurso" de popularidade organizado por uma estação de televisão, com mais de 40% dos votos, ultrapassando grandes figuras como outro viseense D. Afonso Henriques, voltou à ribalta com a exibição de uma série televisiva que procura retratar a sua vida intima e os seus muitos amores, bem escondidos durante muitos anos porque a propaganda oficial dizia que o grande homem tinha casado com a Pátria e os opositores queriam colar-lhe uma máscara de homem duro, frio e sem sentimentos. Afinal era um sedutor e dizem que bom na cama!
Essa ficção televisiva tomou a liberdade de apresentar uma nova versão para a queda que apressou o fim, em vez dum tombo da cadeira o trambolhão teria acontecido na banheira. De qualquer modo é certo que caiu...

Curiosamente esta foto foi captada numa avenida da nossa cidade que foi baptizada em sua honra em 1955 e contém mais um dos meus já habituais auto-retratos, desta vez não esperado. Estou certo que quase todos já identificaram a personalidade no cartaz.

Continuação de Boas Festas!

E também mais dois auto-retratos deste vosso vizinho e amigo

Feliz Natal!

Renovo os votos de Feliz Natal e deixo mais outro auto-retrato

O Natal Antecipado?!

Finalmente e com vários anos de atraso foi colocado o anunciado mobiliário urbano no Campo de Viriato. Bancos com e sem costas, papeleiras, suportes para estacionamento de bicicletas e pelo menos um bebedouro foram instalados no espaço onde se realiza a Feira de São Mateus. As imagens mostram os bancos instalados junto do Pavilhão de Multiusos e também duas vistas parciais da cidade, reflectida nos vidros das portas do pavilhão que são simultaneamente dois auto-retratos.

Auto-retrato do AJ

Mais um auto-retrato e desta vez com a sua máquina fotográfica

Finalmente irá desaparecer esta lixeira!

Mais um auto-retrato desta vez obtido no Lago da Cava

(...)"O Padre Leonardo de Sousa no 4º tomo do seu Catalogo tanbem fallou d’este poço e disse que criava peixes, mas que ninguem os pescava nem comia, receando serem nocivos à saúde, por estar a agoa sempre encharcada. 1 O dicto poço tem de superfície cerca de 1:850 metros quadrados; é de suppor que tenha nascentes proprias que o alimentam e que muito provavelmente alimentavam os fossos aquáticos que outr’ora circuitavam a Cava toda. Tambem é de suppor que os dictos fosso recebessem as aguas pluviais da Cava e dos terrenos adjacentes – e talvez as do Pavia, captadas em altura própria, a grande distancia."(…)

1 "Hoje cria bastante peixe e até enguias saborosas, que são muito perseguidas pelos pescadores. Este lago quando esta cheio no Inverno, tem 4 metros de profundidade; na grande estiagem vê-se o fundo, mas então recolhem-se os peixes a um poço mais fundo que fica a E. do lago."

In, PORTUGAL ANTIGO E MODERNO, DICCIONARIO de Augusto Soares de Azevedo Barbosa de Pinho Leal e continuado por Pedro Augusto Ferreira, Lisboa, Livraria Editora de Tavares Cardoso & Irmão, 5 - Largo de Camões – 6, 1890.

Uma das rachas do Multiusos

Mais um auto-retrato desta vez na ex-Rua Padre Costa em frente de uma das várias rachas do Pavilhão Multiusos.
Esta situação não é nova...confirme aqui e aqui que já esteve "escondida". Construir uma parede exterior em "pladur" (gesso) não terá sido certamente a escolha mais adequada.

75.000 Bem-Hajam Amigos!

Mais um auto-retrato desta vez na Rua Formosa... estarei a ficar vaidoso?

Mais um auto-retrato do AJ no Campo de Viriato

Impressão digital

Os meus olhos são uns olhos.

E é com esses olhos uns

Que eu vejo no mundo escolhos

Onde outros com outros olhos,

Não vêem escolhos nenhuns.

Quem diz escolhos diz flores.

De tudo o mesmo se diz.

Onde uns vêem luto e dores

Uns outros descobrem cores

Do mais formoso matiz.

Nas ruas ou nas estradas

Onde passa tanta gente,

Uns vêem pedras pisadas,

Mas outros, gnomos e fadas

Num halo resplandecente.

Inútil seguir vizinhos,

Querer ser depois ou ser antes.

Cada um é seus caminhos.

Onde Sancho vê moinhos

D. Quixote vê gigantes.

Vê moinhos? São moinhos.

Vê gigantes? São gigantes.

António Gedeão, Poesias Completas, 1964

"A cereja em cima do bolo"

Auto-retrato do AJ na Balsa com o Mamarracho

""Este será mais um equipamento a juntar a uma série de outras coisas que impulsionam o turismo cultural"", avançou Fernando Ruas, concluindo que a recuperação da Cava de Viriato é ""a cereja em cima do bolo"", no que diz respeito às obras Polis na cidade de Viseu." in Diário de Viseu - ligação

Concordo a recuperação da Cava é muito importante mas lanço um desafio que aliás não é novo. Promover a demolição do Mamarracho que tanto descaracteriza e desfeia a nossa cidade. Aplaudirei muito quem der o empurrão e considero que essa sim é que seria a cereja no cimo do bolo! A UE não ajudaria a pagar?