Não foram muito felizes os organizadores do 3º Festival de Street Art de Viseu, o primeiro evento enoturístico do ano da iniciativa da Câmara Municipal de Viseu, porque as paredes da EB1 da Balsa (Escola Primária do Bairro Municipal), apenas são visíveis do troço da Estrada da Circunvalação para quem subir, de preferência a pé o passeio sobranceiro à margem esquerda do rio Pavia em direcção à Praça Carlos Lopes. Os automobilistas devem prestar atenção à condução e não apreciar pintura mural, mesmo tratando-se de uma obra de assinalável valor artístico, do artista Carlos BreakOne, um húngaro a trabalhar em Viseu. A encomenda foi projectada e realizada de acordo com as duas paredes disponibilizadas.
Penso que bem pior foi a realização de um mural alusivo a Baco (Dionísio), facilmente reconhecido por ostentar uma coroa de heras, pelas uvas e pela taça de vinho que empunha. Sempre ébrio ou sob influência do vapores do vinho, costumava montar um burro, sobre o qual se mantinha com dificuldade e seguindo a pé andava com passos trôpegos, nas instalações em Repeses da APPACDM de Viseu-Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental. Este mural de delicada execução, reparem no corpo "transparente", é fruto do trabalho do coletcivo espanhol Pichi & Avo I, e é aquele que na edição deste ano do festival, está mais próximo da "Street art", e não da pintura mural.
"Pavão da Mata do Fontelo" mural de PIRANHA, Carlos BreakOne