EDITORIAL


Quando eu me poupe a falar,
Aperta-me a garganta e obriga-me a gritar!
José Régio


Aqui o "Acordo Ortográfico" vale ZERO!
Reparos ou sugestões são bem aceites mas devem ser apresentadas pessoalmente ao autor.

20170213


GIF via GIPHY
Sernancelhe, vista do alto do desaparecido castelo

Os vestígios do "Castelo de Sernancelhe", edificado no séc. X, levantado no extremo Sul da região do Douro, vizinho à serra da Lapa e ao caminho que ligava a Guarda a Lamego, e a proteger a passagem do rio Távora, são poucos mas interessantes. A ocupação humana do local, sobranceiro à povoação, remonta ao Neolítico e ao período castrejo, cujo  castro foi romanizado. A notícia mais antiga sobre a fortificação remonta a 960, tendo sido referido no testamento D. Flâmula que mandava vender os seus castelos de Riba Douro e Sernancelhe. Nos finais do século X, a fortificação foi tomada por Almançor, tendo sido reconquistada pelos cristãos, quando em 1055 o rei Leonês Fernando I expulsou os mouros da região. O primeiro foral da terra foi atribuído em 26 de Outubro de 1124 e viria a ser confirmado por D. Afonso II no ano de 1220, em 1514 D. Manuel I deu novo foral ao concelho. Depois da reconquista a fortaleza foi reconstruida e ocupada pelos Cavaleiros da Ordem do Hospital (Ordem de Malta). Do primitivo castelo de planta ovalada, construído em granito, restam apenas ruínas e vestígios de muralhas, com interesse arqueológico mas o local é um miradouro privilegiado, sobre a vila e os arredores. É muito gratificante subir a extensa escadaria de granito, com vários patamares, e parar para observar o “Cruzeiro do Senhor dos Aflitos”. Saber + sobre Sernancelhe