"Após um período de paz, na segunda metade do séc. II a.C., as Hispânias (actual Península Ibérica), voltaram a conhecer períodos conturbados devido ao levantamento de alguns povos locais que não se conformavam com o jugo romano. Enquanto isso, Viriato, como todos os jovens, pensava saber todas as respostas e conhecer todas as verdades. Impelido pela comparação entre a sua audácia e a serenidade de Aurelur, seu pai, julgava ver nela cobardia. A acomodação que Viriato pressentia no pai exasperava-o, ao ponto deste se ver obrigado a colocá-lo fora de casa, não como um castigo, mas para que o filho visse o mundo, conhecesse a guerra. Aurelur pretendia que Viriato voltasse outro homem desta caminhada. Ele voltou, mas não como o pai tinha imaginado..."
"Viriato - O Filho Rebelde" de Sónia Louro (Romance Histórico), 1ª Edição 2006, Via Occidentalis Editora, Lda., Capa de Luís Rodrigues, pormenor de "La muerte de Viriato" de Jose de Madrazo y Agudo (Museu do Prado - Madrid).