A “Porta dos Cavaleiros” é uma das duas sobreviventes das sete portas da muralha afonsina, uma obra muito tardia, destinada a proteger a cidade de Viseu que foi várias vezes assaltada pelos exércitos castelhanos. Há notícias da existência de duas outras cercas mais antigas que teriam sido integradas na nova fortificação. Os trabalhos tiveram início no reinado de D. João I (1385-1433) e prolongaram-se até 1472, já sob o reinado de D. Afonso V e nunca foram terminadas porque não foram colocadas as ameias.
A porta está encostada à “Casa do Arco ou Solar dos Albuquerques”, propriedade dos “Fidalgos do Arco” [VER] e junto da "Fonte de São Francisco".
No exterior da muralha existe, desde os anos de 1930, um nicho dedicado a São João Baptista pois era por essa porta que saíam da cidade em “cavalhada”, no dia 24 de Junho o Dia de São João (Baptista), os moleiros de Vildemoinhos a caminho da capela de São João da Carreira em cumprimento de promessa. No varandim um nicho em forma de baldaquino, com colunas do sec. XVIII, abriga uma imagem de pedra de Nossa Senhora da Graça que deverá datar do final do sec. XVI. Sobre o arco foi colocada em 1646 uma lápide, semelhante à existente na “Porta do Soar”, com uma inscrição em latim que lembra a consagração por D. João IV do reino de Portugal a Nª Sª da Conceição.
Fonte principal - "Monumentalidade Visiense" de Júlio Cruz e Jorge Braga da Costa [VER]