A iluminação pública na cidade de Viseu existe desde Setembro de 1842, funcionando com carbureto, a partir de 1869 o carbureto deu lugar ao petróleo e em 28 de Junho de 1907, ligaram-se finalmente as lâmpadas eléctricas. A partir dessa noite casas e ruas passaram a ter mais e melhor iluminação.
A câmara municipal abriu concurso público para a electrificação da cidade, pela primeira vez em 1897 e a segunda em 1899. Porém a concessão definitiva só em 1904 foi concedida a D. Teodoro Alonso y Castro, um cidadão espanhol que constituíra em Viseu a empresa Paradinas & Cª., com a qual levou a cabo a electrificação da cidade. A energia tinha origem numa pequena central hidroeléctrica instalada em Ribafeita, no Rio Vouga, mas em breve se verificou que tinha capacidade produtiva insuficiente e irregular. Por esse motivo, dois anos depois entrou em funcionamento a “Central Eléctrica da Ribeira”, localizada no Campo de Viriato, margem direita do rio Pavia. A instalação queimava carvão para gerar o vapor necessário para produzir electricidade.
A edificação, de características fabris, é composta por um edifício de paredes de alvenaria de granito, com dois corpos e uma alta chaminé construída em “tijolo burro” que tem uma placa de azulejos com a seguinte inscrição: “CONSTRUCTOR/Joaquim Cardoso/Sucessor de/ Lino S. Guedes/19-6-1909, PORTO". Actualmente nas instalações da “Eléctrica” encontra-se instalado o "Museu da Electricidade" que apenas está aberto no decorrer da feira anual de Viseu.