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O conceito de "Street Arte" (Arte urbana) não se deve limitar à pintura e pode abranger outros tipos de grafismo que vão do grafitti aos stencils, autocolantes, cartazes, instalações, de carácter individual ou de grupos que agem à margem das instituições. As estátuas vivas, músicos, malabaristas, palhaços, dança e teatro, podem ser incluídas neste conceito. Mas todas estas actividades e ainda outras apenas serão Arte Urbana à condição de acontecerem nas ruas, lugares públicos inesperados, mesmo naqueles muito degradados e sem precisarem de obter autorizações e encomendadores.
A maior desilusão do intitulado "Festival de Street Art", organizado pela Câmara Municipal de Viseu que de inovador apenas teve a extravagante ligação ao Vinho do Dão, foi ver a concretização da proposta de Frederico Draw, executada num prédio da Rua Nova e Rua da Senhora da Piedade. O Mestre em arquitectura que se tornou notório por pintar murais com rostos, cabeças e figuras humanas em escala grande, afastou-se da proposta que não era fácil transpor para uma superfície curva e o resultado foi desconfortador. A cabeça foi "seccionada" e resultado foi um nariz disforme, a fazer lembrar o "cubismo". Penso que foi uma decisão menos feliz do artista que já mostrou, em muitas paredes planas do país e do estrangeiro, o seu talento [ver].