EDITORIAL


Quando eu me poupe a falar,
Aperta-me a garganta e obriga-me a gritar!
José Régio


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20150323

A "Porta dos Cavaleiros"


A Porta dos Cavaleiros - azulejos pintados pelos pintores Licínio e Pereira (E.L.A. Aveiro – Empresa de Louças de Aveiro 1930), fachada de vivenda unifamiliar na Avenida José Relvas, Fontelo

A Porta dos Cavaleiros era a uma das sete entradas da muralha que no reinado de D. Afonso V (décimo terceiro rei de Portugal de 1438 a 1481) foi remodelada, embora não tivesse sido concluída, não dispunha de ameias, para defesa da cidade de Viseu. A porta encontra-se encostada à Casa dos Albuquerques, Casa dos Fidalgos do Arco, actualmente ocupada pela Escola Secundária Emído Navarro [ver] com a qual antigo o passeio da guarda comunicava. O monumento tem dois nichos, um com uma imagem de madeira, cada vez mais deteriorada de São João Baptista, era por essa porta que saiam e entravam as Cavalhadas de Vildemoinhos e um outro, um baldaquino dedicado a Nossa Senhora da Graça, com uma imagem em pedra lavrada datada dos finais do século XVI. No centro do portal existe uma placa de granito com uma inscrição em latim idêntica à existente na Porta do Soar, datada de 1646 e evocativa da consagração de Portugal a Nossa Senhora da Conceição, por D. João IV, promessa do monarca para agradecer a Restauração de Independência em 1 de Dezembro de 1640 [ver]. A partir dessa data os reis de Portugal nunca mais usaram coroa. Esta porta e os restos da muralha são Monumento Nacional desde 1915.

Fonte principal: "Monumentalidade Visiense", de  Júlio Cruz e Jorge Braga da Costa