EDITORIAL


Quando eu me poupe a falar,
Aperta-me a garganta e obriga-me a gritar!
José Régio


Aqui o "Acordo Ortográfico" vale ZERO!
Reparos ou sugestões são bem aceites mas devem ser apresentadas pessoalmente ao autor.

20100712

A Fonte de São Francisco


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Junto da “Porta dos Cavaleiros” e em frente do Solar dos fidalgos do Arco pertença da família Albuquerque do Amaral Cardoso foi construído, no ano de 1741, um fontanário em granito com as armas reais portuguesas colocadas sobre um nicho com uma imagem de São Francisco de Assis. De feição barroca a sua construção deve-se a António de Albuquerque que aproveitou um chafariz já existente no local. A fachada está dividida em três corpos separados por pilastras, encimadas por fogaréus. No corpo principal estão colocadas duas bicas em forma de malmequer e o tanque. Da água que jorrava das suas bicas diziam-se maravilhas mas há cerca de duas décadas a demolição e as escavações para o novo edifício do Centro Comercial Académico, provocaram grandes alterações no veio da água que passou a ser imprópria para consumo. Na parede posterior, totalmente revestida com azulejos de padrão, existe um banco e um painel com as armas de Viseu.
A ligação da fonte e da família do solar fronteiro ao romance de Camilo Castelo Branco, “Amor de Perdição” não passa de uma fantasia do escritor que descreveu uma violenta cena de pancadaria junto da fonte.