EDITORIAL


Quando eu me poupe a falar,
Aperta-me a garganta e obriga-me a gritar!
José Régio


Aqui o "Acordo Ortográfico" vale ZERO!
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20180419

A Falcata Ibérica


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Falcata Ibérica - "Monumento a Viriato" de Mariano Benlliure (1940)

(…) “Foi, talvez, a mais emblemática e eficaz arma dos Lusitanos e aquela que mais “dores de cabeça” causou às hostes romanas. 
Não se sabe a origem da falcata na Ibéria. (…) Enquanto os legionários romanos utilizavam o gládio quase sempre de ponta, a falcata nunca era usada para espetar, mas para actuar de gume. (…) 
De uma maneira geral o gume da falcata localizava-se (ao contrário dos sabres) no interior da curva. Daí a sua espectacular eficácia. Mais, muitos fabricantes tentavam aumentar a sua eficácia afiando também o lado contrário ao gume. 
Assim, a falcata ficava a possuir dois gumes e podia ser utilizada em direcções contrárias. (…)
(…) Quando o pretor P. Carisius ordenou a cunhagem de denários em Emérita Augusta, para celebrar a sua vitória sobre os Cantabri, em 22 a. C., mandou gravar na face da moeda uma falcata e uma caetra [1] – as armas dos vencidos.” (…) 



1 – Pequeno escudo circular ( 30 a 60 cm) feito de madeira cortada e unida com peças de ferro, tinha muitas vezes uma bossa metálica ao centro que escondia a empunhadura e protegia a mão do guerreiro. Era muito usado pela infantaria ligeira, tinha presa uma correia de cabedal que servia para transportar o escudo ao pescoço. Durante o combate a correia permitia fixar o escudo ao antebraço, com firmeza, possibilitando o seu uso com arma de ataque. (AJ)