EDITORIAL


Quando eu me poupe a falar,
Aperta-me a garganta e obriga-me a gritar!
José Régio


Aqui o "Acordo Ortográfico" vale ZERO!
Reparos ou sugestões são bem aceites mas devem ser apresentadas pessoalmente ao autor.

20180323

Cataventos de Viseu


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Catavento em ferro forjado do Mestre Arnaldo Malho, na Avenida Infante D. Henrique

Tenho destas maluqueiras
(para o que me havia de dar)
a fazer versos ao ferro,
quando o não sei trabalhar!

O ferro é a minha vida,
do nosso ser já faz parte;
do ferro se fazem jóias
Se forem feitas com arte.

Se tivesse duas vidas,
voltaria a ser ferreiro
para dar vida ao ferro,
mais por gosto que dinheiro.

Do ferro sou um amigo;
(no meio do ferro nasci);
Apesar dele ser duro,
Muito com ele aprendi.

Arnaldo Malho - Viseu, 1880/1960
"O poeta do ferro" -  segundo Aquilino Ribeiro