Catavento em ferro forjado do Mestre Arnaldo Malho, na Avenida Infante D. Henrique
Tenho destas maluqueiras
(para o que me havia de dar)
a fazer versos ao ferro,
quando o não sei trabalhar!
O ferro é a minha vida,
do nosso ser já faz parte;
do ferro se fazem jóias
Se forem feitas com arte.
Se tivesse duas vidas,
voltaria a ser ferreiro
para dar vida ao ferro,
mais por gosto que dinheiro.
Do ferro sou um amigo;
(no meio do ferro nasci);
Apesar dele ser duro,
Muito com ele aprendi.
Arnaldo Malho - Viseu, 1880/1960
"O poeta do ferro" - segundo Aquilino Ribeiro
"O poeta do ferro" - segundo Aquilino Ribeiro