Aspectos do quase inútil Espelho de Água, criado pelo Programa Polis para Viseu, no âmbito da requalificação do Espaço Público da Feira de São Mateus, parte importante do então criado Parque Linear do Rio Pavia. Insatisfeito com o aspecto geral da feira anual, o executivo municipal presidido pelo Dr. Almeida Henriques, "Quim" para velhos amigos e vizinhança da Rua Direita, decidiu que por não ser do seu agrado e haver muitas reticências quanto à obra, deveria voltar a requalificar o recinto e criar um novo layout para o evento. A requalificação de "A a Z", incluindo novas estratégias de promoção, bilhética, programação, etc., vai ser finalizada dentro em breve com a edificação de duas instalações sanitárias, com separação de lixo e novas barracas para a comercialização e consumo das enguias de barrica, promovidas, de tradicionais a iguaria.
Na zona fronteira ao Espelho de Água o projecto, de uma equipa liderada pelo Arqº Manuel Salgado, previa a construção de restaurantes que de 3 passaram a apenas 1 que nunca se viria a concretizar. Entretanto o espaço foi ajardinado mas a relva deu lugar a uma calçada de cubinho de granito, para servir de plateia ao palco da feira que passou a ser instalado dentro do tanque. A intenção foi a da aproximar o sua localização à tradicional, anterior às obras Polis. Também foi feita uma tentativa de recuperar o "picadeiro", alameda ladeada de barracas que servia de local de passeio, de encontro de viseenses e reencontro de amigos. Mas tudo isto são maioritariamente remendos e o que nasce torto...
O caso do Espelho de Água é um bom exemplo porque deixou de ter qualquer utilidade, além de ser o local de montagem do palco e durante o resto do ano apenas servir para acumular sujidade e lixo.
Uma vez por ano e naturalmente coincidindo com a aproximação da realização da feira anual, os serviços municipalizados realizam a limpeza geral do tanque, trabalhos que foram hoje iniciados. Muito lixo e lama malcheirosa, ficou à vista quando os técnicos dos serviços municipalizados abriram as válvulas para escoar a água suja.
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O tanque foi dotado de um sistema que gera a ondulação (com vários ritmos e velocidades) da água do lago que depois vai cair numa cascata, dotada de iluminação junto à margem do rio Pavia. Esse equipamento de pouco serve porque a área deixou de estar acessível aos visitantes da feira, servindo como zona técnica e zona de bastidores para os artistas que se exibem para o público da feira anual. Durante o resto do ano a água está parada porque o sistema é alimentado por bombas eléctricas e, certamente para economizar o sistema está desligado.