Acesso à "Ponte da Azenha" pela margem esquerda do rio Pavia, entrada junto ao Estabelecimento Prisional de Viseu. Como passou por aqui a procissão ("Viseu Police Challenge") foi realizada uma limpeza de vegetação silvestre que até o leito do rio incluiu. Pasme-se! a "Cava de Viriato", nos troços onde a prova se desenrolou, teve honras de cuidados especiais, porque tivemos visitas...
(...) "Segundo Pinho Leal, em tempos idos, o Pavia também se denominava “Ribeira das Mestras ou das Feiticeiras”, porque outrora o povo julgava encontrar a cada passo bruxas e feiticeiras que aí se banhavam e, movidos por crenças populares, costumavam aí ir banhar-se os doentes na noite de S. João, esperando assim ser curados pelas tais mestras. (…) Mais abaixo e finalmente chegamos à Azenha onde se encontra a velha ponte, dita romana, mas de romano só tem o estilo, pois foi mandada fazer pelo arcediago de Pindelo, da Sé de Viseu, Francisco Coelho de Campos, conforme refere a inscrição gravada no cruzeiro anexo: “Este Cruzeiro e Ponte mandou fazer à sua custa Francisco Coelho Campos”. Estas duas obras, foram executadas entre 1738 e 1767. Nessa época a Ponte, podia considerar-se de grande valor e utilidade para quem vinha para a cidade e que morava para lá do rio, via Monte Salvado, para os seus destinos, Orgens, S. Martinho, Quintela, St. Estêvão, etc. A ponte dava acesso único e directo para o Monte Salvado onde se ramificava em vários caminhos, ainda hoje visíveis e utilizados, cujas marcas dos carros de tracção animal na pedraria desse monte são testemunho duma serventia popular que os séculos confirmaram."(...)
J. M. Silva, In "Viseu Revista" nº 6, de Agosto de 2005