A edição de hoje do "Diário de Viseu" publicou o segundo artigo da rubrica, iniciada na passada semana, a propósito da campanha "Visitar Viseu - 2017 Ano Oficial", com o título "Das Igrejas à Cava de Viriato Passando pela Muralha Romana", com o intuito de ajudar a conhecer melhor Viseu apresentando uma súmula dos "principais monumento da cidade, aqueles que merecem uma visita dos turistas e também dos residentes". Não me vou alongar sobre o conteúdo do pequeno texto, provavelmente sugerido pelo "Núcleo de Imagem e Comunicação", do Dr. Jorge Sobrado, mas a Cava de Viriato é classificada como sendo um dos "maiores mistério da história de Viseu (só visível do ar) (...)". Mas que grande "descuido", então o monumento só é visível do ar... certamente a câmara municipal irá providenciar uma geringonça voadora para ver o monumento do ar. Relativamente à origem e finalidade dos oito fortes taludes de terra batida com 2.000 metros de perímetro e 30 hectares de área, rodeados por um fosso com água do qual existem enormes vestígios apenas é referida a mais recente teoria, perfilhada pela câmara municipal de que a construção "seja o que resta da tentativa de Ramiro II de transladar a cidade do morro da Sé para aquele local." tentativa gorada porque "Com a morte de irmão, Ramiro II teve de abandonar a cidade para assumir a coroa, em Leão". Esta teoria é uma efabulação, a tese da fortaleza ter sido servido para proteger uma cidade-acampamento islâmica merece maior credibilidade. Ramiro II, não foi rei por morte do seu irmão Afonso IV mas porque este em 931 e pouco depois de ter subido ao trono, abdicou em seu favor decisão precipitada da qual se veio a arrepender, Ramiro II deu-lhe batalha e prendeu-o mantendo a coroa .