Junto da “Porta dos Cavaleiros” e em frente do Solar dos fidalgos do Arco, da família Albuquerque do Amaral Cardoso foi construído, no ano de 1741, um fontanário em granito com as armas reais portuguesas colocadas sobre um nicho com uma imagem de São Francisco de Assis. De feição barroca a sua construção deve-se a António de Albuquerque que aproveitou um chafariz já existente no local. A fachada está dividida em três corpos separados por pilastras, encimadas por fogaréus. No corpo principal estão colocadas duas bicas em forma de malmequer e o tanque. Da água que jorrava das suas bicas diziam-se maravilhas mas há cerca de duas décadas e depois das escavações para a construção do "Centro Comercial Académico", a água passou a rarear e a ser imprópria para consumo. Na parede posterior, totalmente revestida com azulejos de padrão, existe um banco e um painel com as armas de Viseu.
A ligação da fonte e da família proprietária do solar fronteiro ao romance de Camilo Castelo Branco, “Amor de Perdição” não passa de uma fantasia do escritor que descreveu uma violenta cena de pancadaria junto da fonte.
"VIZEU - Fonte do Arco", Bilhete Postal Ilustrado nº 7 da Colecção Passaporte (LOTY), fotografia provavelmente da década de 1950. A imagem permite ver em segundo plano, logo atrás e à esquerda da fonte, o edifício onde entre 1942 e 1989 funcionou a sede do extinto "Clube Académico de Futebol - C.A.F.", mais conhecido como "Académico de Viseu". No rés–do-chão tiveram porta aberta os "Armazéns Avenida de António das Águas", especializados na venda de mobílias e colchões.