O “Jornal de Notícias” de ontem publicou uma notícia assinada por Sandra Ferreira, a propósito do anúncio da "Comissão Concelhia do Bloco de Esquerda (BE) que irá solicitar ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) uma acção de fiscalização às condições de funcionamento do “Funicular de Viseu”. O BE referia a ocorrência de 3 acidentes, na via ferroviária do ascensor que atravessa o recinto da feira anual de Viseu, desde a abertura do evento no dia 5 de Agosto. Logo nesse dia foi necessária a intervenção dos bombeiros para libertar a perna de uma jovem. A jornalista naturalmente quis ouvir o principal executivo da “Viseu Marca”, associação cultural que organiza o evento, promovido pela autarquia viseense. O Dr. Jorge Sobrado não terá lamentado as ocorrências, limitando-se a minimizar a denúncia do BE, defendendo a bondade das medidas tomadas este ano: telas com advertências aos visitantes, colocadas nos fios da vedação, entremeadas com publicidade e apoiando a manutenção do funcionamento do ascensor, até às 20h00, porque é durante a realização da feira que o funicular tem mais procura. Tentou justificar-se mas deu 2 “sobradadas”: a primeira quando ingenuamente fez aumentar de 3 para 8 as ocorrências documentadas, muitas mais aconteceram; a segunda, quando revelou que em 2015 os acidentes registados foram 31, número que até agora era desconhecido e peca por defeito. É sabido que houve vítimas que sofreram muito mais que arranhões. Quanto à “suspensão” do funcionamento do elevador que afirma não resolver a questão por que “as calhas continuam lá”, a solução é simples e barata! Vão aos armazéns, procurar as barras metálicas, dotadas de suportes e os cabos de aço com cadeados que a “EXPOVIS” mandou preparar para encerrar as “calhas” e a linha e usem-nas (1). Dá trabalho!? Lá isso dá…
1 - Se a tarefa não for bem coordenada vão repetir-se os "conflitos" entre o pessoal, do ascensor e o afecto à feira, para determinar quem irá executar o trabalho de montar e desmontar os equipamentos.
