EDITORIAL


Quando eu me poupe a falar,
Aperta-me a garganta e obriga-me a gritar!
José Régio


Aqui o "Acordo Ortográfico" vale ZERO!
Reparos ou sugestões são bem aceites mas devem ser apresentadas pessoalmente ao autor.

20160311

Bruno Ribeiro Demitiu-se



À primeira vista nada parece ligar estas duas imagens mas na verdade estão relacionadas e não pelos melhores motivos. Há muito que os equipamentos desportivos da "Melhor cidade para viver" estão desadequados, em qualidade e em quantidade, face às reais necessidades dos clubes e associações desportivas do concelho. Soube-se ontem que Bruno Ribeiro, recém chegado ao novo clube da cidade - "Académico de Viseu Futebol Clube", abandonou o lugar depois de ter sucedido a Ricardo Chéu. Nos cinco jogos disputados sob a sua orientação não fez melhor que dois empates e três derrotas. Em declarações recolhidas pelo jornalista Silvino Cardoso, publicadas no "Diário de Viseu" de hoje, o treinador afirmou que não podia continuar a trabalhar sem o mínimo de condições, campo de treinos de dimensões reduzidas (Campo José Alves Madeira), trapalhadas com a disponibilidade do relvado do "Estádio do Fontelo". Garantiu que com a sua decisão pretendia "ajudar os jogadores" ao incentivar os directores a conseguir das "entidades oficiais" e dos viseenses - "as condições de modo a que tenham oportunidade de mostrarem o seu real valor em campo". O técnico mostrou-se desagradavelmente surpreendido pois "não fazia a mínima ideia de tanta falta de condições para jogadores e equipa técnica". É natural, certamente tinha ouvido dizer que Viseu era a "Melhor cidade para viver". e acreditou na propaganda...
Quando da chegada do novo treinador publiquei um artigo que era premonitório! Quando um presidente desconhece as cores do emblema do seu clube algo está errado. Na verdade a competição em causa (II Liga) é um campeonato profissional, disputado por uma sociedade desportiva (Académico de Viseu Futebol Clube, SDUQ, Lda.) mas o nível organizativo está mais próximo dos amadores. Uma associação que não consegue gerar proveitos para arrendar um espaço para instalar a sua sede social e ocupa um local esconso, nas traseiras da bancada do obsoleto estádio municipal não pode ter um bom futuro. É pouco provável que a edilidade abandone a política dos remendos, como sucedeu com do "Pavilhão Gimnodesportivo do Fontelo", e finalmente resolva investir em equipamentos modernos e construídos de raíz. O Dr. Almeida Henriques anunciou na ocasião da "reabertura" do pavilhão, cito de memória que essa "era a última obra porque as instalações desportivas do Fontelo, já todas tinham sido requalificadas" e que "não havia mais 'Fundos Europeus', para equipamentos desportivos." Fundos até poderá nem haver mas os cofres da autarquia estão cheios e está na hora de investir a sério no desporto, incluindo a sua modalidade favorita o outrora elitista "basketball".
O "Campo José Alves Madeira" não tem balneários, nos campos de jogos "1º de Maio" e de "Futebol de 7" (Cavalos) a "relva artificial" parece um esfregão de cozinha gasto, no "Pavilhão", depois de investidos 1 milhão de euros, começou a "chover" no novo piso flutuante. O "Polidesportivo para desporto adaptado" foi um desperdício e é uma inutilidade. As piscinas municipais não passam de dois tanques pequenos, a pista de atletismo está podre e a câmara irá gastar várias centenas de milhares de euros, para deitar mais remendos no malfadado "INATEL", baptizado de "Pavilhão Cidade de Viseu".
P.S.: A segunda imagem foi obtida num dos balneários do "Campo 1º de Maio" e o cartão, não sei há quanto tempo?, serve para manter a privacidade.