EDITORIAL


Quando eu me poupe a falar,
Aperta-me a garganta e obriga-me a gritar!
José Régio


Aqui o "Acordo Ortográfico" vale ZERO!
Reparos ou sugestões são bem aceites mas devem ser apresentadas pessoalmente ao autor.

20150527

Funicular, um nó difícil de desatar...


O "Diário de Viseu"  de hoje estampou na primeira página uma foto do "Funicular de Viseu" com o seguinte título - "Câmara lança novo concurso para o funicular" [ver].
Não estranhei a notícia porque o preço base que a câmara municipal colocou no caderno de encargos era, evidentemente, muito reduzido. Uma vez que o concurso [ler] ficou deserto a edilidade resolveu lançar novo concurso para assegurar a continuação do serviço. O valor anterior foi estimado pelos serviços do município em 173.720,00 Euros, para "Prestação de serviço de Operação, manutenção e condução do Funicular da Calçada do Viriato pelo prazo de 1 ano" que agora vai ser aumentado para 215.000,00 Euros, segundo Almeida Henriques foi decidido "aumentar um pouco o valor." O aumento foi de cerca de 25% e não poderá ser considerado "pouco", e o autarca referiu que o valor agora pretendido "é mais atractivo". Veremos! Certo é que o ascensor exigiu o dispêndio de 350.000,00 Euros em 2014 e cerca de 300.000,00 Euros nos quatro anos anteriores. Um total de 1.500.000,00 Euros em cerca de 5 anos, de intermitente funcionamento. Não conhecendo o caderno de encargos, parece-me natural que o adjudicatário não pagará a energia eléctrica, não estou em condições de garantir qual será o resultado do novo concurso. Uma coisa me parece evidente se o "Plano de Mobilidade para a Cidade e Concelho", ainda em fase "criação", aconselhar que o ascensor apenas deverá ser servir para fins turísticos, nos mesmos moldes do "comboio turístico", então não acredito que alguém queira assegurar o serviço.
A segunda foto mostra Pedro Baila Antunes, deputado do Grupo Municipal do Partido Socialista, na Assembleia Municipal realizada no passado dia 20 de Abril a quem devo a feliz expressão - "Em Viseu não há nenhum elefante branco, mas temos um borreguinho branco que é o funicular!" [ler].
Uma vez que o borreguinho tem revelado um custo demasiado alto, para os benefícios que dá ao pastor e seguindo a sabedoria popular, será melhor levá-lo à feira e vendê-lo a quem mais oferecer.