Segundo Fernando Ruas são grandes as expectativas postas na reinterpretação do Parque da Cidade – Aquilino Ribeiro, “porque houve grande cuidado em relação às estruturas e à sua qualidade”.
Certo, o cuidado foi tanto que a câmara entregou a tarefa ao arquitecto paisagista, Viana Barreto que foi autor do parque há mais de 50 anos.
Parece-me que a “reinterpretação” foi longe demais, deveriam limitar-se a restaurar, executar alguns melhoramentos e introduzir pequenas inovações. O parque “envelheceu” mal, esteve desprezado durante muitos anos e tornou-se um local mal afamado. Por esse motivo foi executada uma vedação e instalados portões que passaram a ser fechados à noite. Depois de vedado chegou a hora de executar uma intervenção no interior, porém parece-me que destroçaram demasiada vegetação. Quando o parque reabrir, os viseenses irão sentir a falta dos arbustos e irá ser necessário aguardar vários anos até que o novo manto vegetal possa tornar-se interessante.
Igualmente me parece ter sido excessiva a pavimentação de todas as ruas, com cubinhos de granito e um desperdício enorme a execução do lajeado de granito. Criaram deste modo grandes superfícies impermeabilizadas e esbanjaram muito dinheiro. Um parque ou um jardim costumam ter terra e plantas e não pedras para se distinguirem de outros espaços da cidade.
Ideias felizes foram a instalação do jardim sensorial, a colocação dos bancos no exterior das ruas e caminhos, a retirada de degraus, o alargamento do parque infantil, a criação de novos atravessamentos e a colocação de conjuntos de mesas e bancos para merendas. Todos os bancos de jardim passaram a ter um caixote para resíduos, portanto espera-se que acabe o lixo no chão.
As obras ainda não estão terminadas e só uma visita ao interior do parque permitirá ajuizar melhor dos resultados.
P.S. - Na imagem, bilhete postal, LIFER - Porto, Postales Escudo de Oro, Ediciones FISA, Barcelona
Parece-me que a “reinterpretação” foi longe demais, deveriam limitar-se a restaurar, executar alguns melhoramentos e introduzir pequenas inovações. O parque “envelheceu” mal, esteve desprezado durante muitos anos e tornou-se um local mal afamado. Por esse motivo foi executada uma vedação e instalados portões que passaram a ser fechados à noite. Depois de vedado chegou a hora de executar uma intervenção no interior, porém parece-me que destroçaram demasiada vegetação. Quando o parque reabrir, os viseenses irão sentir a falta dos arbustos e irá ser necessário aguardar vários anos até que o novo manto vegetal possa tornar-se interessante.
Igualmente me parece ter sido excessiva a pavimentação de todas as ruas, com cubinhos de granito e um desperdício enorme a execução do lajeado de granito. Criaram deste modo grandes superfícies impermeabilizadas e esbanjaram muito dinheiro. Um parque ou um jardim costumam ter terra e plantas e não pedras para se distinguirem de outros espaços da cidade.
Ideias felizes foram a instalação do jardim sensorial, a colocação dos bancos no exterior das ruas e caminhos, a retirada de degraus, o alargamento do parque infantil, a criação de novos atravessamentos e a colocação de conjuntos de mesas e bancos para merendas. Todos os bancos de jardim passaram a ter um caixote para resíduos, portanto espera-se que acabe o lixo no chão.
As obras ainda não estão terminadas e só uma visita ao interior do parque permitirá ajuizar melhor dos resultados.
P.S. - Na imagem, bilhete postal, LIFER - Porto, Postales Escudo de Oro, Ediciones FISA, Barcelona