A “Quinta do Fontelo” era um conjunto formado pelas propriedades doados, em 1122 por Maria Seseriquiz ao prior da Sé de Viseu, D. Odório que já como bispo adquiriu, em Maio de 1149, a Exemena Mendes e filhos, uma herdade próxima. Os terrenos constituiam uma grande quinta que foi usada apenas para fins agrícolas.
No ano de 1399 o bispo D. João Homem, que foi o padrinho do Infante D. Henrique, mandou edificar o Paço para servir de residência aos bispos. Mas até 1527 apenas D. Garcia de Menezes (bispo de 1426 a 1430) aí residiu. Este bispo continuou as obras e fez erigir a primitiva Capela de Santa Marta. Em 1527 com a chegada à Diocese de D. Miguel da Silva o Paço foi muito melhorado. Foi por sua iniciativa que foram feitas muitas reformas nas edificações, criados os magníficos jardins renascentistas e muito beneficiada a mata.
Em 1810 por ocasião das invasões francesas e para permitir a utilização do Paço dos Três Escalões (actual Museu Grão Vasco) como hospital militar, D. Francisco Monteiro Pereira Azevedo mudou-se para o Fontelo. Foi nesta propriedade que viveram bispos célebres dos quais se salientam D. Francisco Alexandre Lobo, entre 1819 e 1834 e D. António Alves Martins, entre 1863 e 1882.
Depois da publicação da lei da separação da Igreja e do Estado, de 20 de Abril de 1911, o bispo D. António Alves Ferreira dos Santos, foi obrigado a abandonar o local e mesmo a diocese. Foi residir para o Seminário de Fornos de Algodres e mais tarde para a Casa de São Miguel, também no Fontelo. Em 1912 e por motivo das mudanças trazidas pela República às relações entre a Igreja e o Estado, o Paço e a Quinta do Fontelo foram expropriados. O edifício principal e os anexos foram cedidos ao Exército, os terrenos agrícolas ao Ministério do Fomento e a mata e os jardins, à Câmara Municipal de Viseu. O exército utilizou a sua parte para instalar um presídio militar por onde passaram o comandante Machado dos Santos, chefe da revolta militar de Tomar, de 13 de Dezembro de 1916, o Dr. Francisco Ribas de Sousa, advogado e opositor de Salazar, em 1927 e no ano seguinte o escritor Aquilino Ribeiro e o médico António Gomes da Mota, depois da falhada “Revolta de Pinhel”.
No período que se seguiu ao 25 de Abril de 1974 e depois do “Processo de Descolonização” o Paço serviu para o alojamentode muitas famílias de retornados das ex-colónias. Depois de muitos anos de degradação e abandono, os edifícios foram cedidos à edilidade que depois de obras de requalificação, dirigidas pelo Arquitecto José Joaquim da Silva Perdigão, os entregou à Comissão Vitivinícola Regional do Dão que nele instalou o “Solar do Dão”, onde prossegue as suas funções de certificação e promoção dos vinhos da Região Demarcada do Dão.
No ano de 1399 o bispo D. João Homem, que foi o padrinho do Infante D. Henrique, mandou edificar o Paço para servir de residência aos bispos. Mas até 1527 apenas D. Garcia de Menezes (bispo de 1426 a 1430) aí residiu. Este bispo continuou as obras e fez erigir a primitiva Capela de Santa Marta. Em 1527 com a chegada à Diocese de D. Miguel da Silva o Paço foi muito melhorado. Foi por sua iniciativa que foram feitas muitas reformas nas edificações, criados os magníficos jardins renascentistas e muito beneficiada a mata.
Em 1810 por ocasião das invasões francesas e para permitir a utilização do Paço dos Três Escalões (actual Museu Grão Vasco) como hospital militar, D. Francisco Monteiro Pereira Azevedo mudou-se para o Fontelo. Foi nesta propriedade que viveram bispos célebres dos quais se salientam D. Francisco Alexandre Lobo, entre 1819 e 1834 e D. António Alves Martins, entre 1863 e 1882.
Depois da publicação da lei da separação da Igreja e do Estado, de 20 de Abril de 1911, o bispo D. António Alves Ferreira dos Santos, foi obrigado a abandonar o local e mesmo a diocese. Foi residir para o Seminário de Fornos de Algodres e mais tarde para a Casa de São Miguel, também no Fontelo. Em 1912 e por motivo das mudanças trazidas pela República às relações entre a Igreja e o Estado, o Paço e a Quinta do Fontelo foram expropriados. O edifício principal e os anexos foram cedidos ao Exército, os terrenos agrícolas ao Ministério do Fomento e a mata e os jardins, à Câmara Municipal de Viseu. O exército utilizou a sua parte para instalar um presídio militar por onde passaram o comandante Machado dos Santos, chefe da revolta militar de Tomar, de 13 de Dezembro de 1916, o Dr. Francisco Ribas de Sousa, advogado e opositor de Salazar, em 1927 e no ano seguinte o escritor Aquilino Ribeiro e o médico António Gomes da Mota, depois da falhada “Revolta de Pinhel”.
No período que se seguiu ao 25 de Abril de 1974 e depois do “Processo de Descolonização” o Paço serviu para o alojamentode muitas famílias de retornados das ex-colónias. Depois de muitos anos de degradação e abandono, os edifícios foram cedidos à edilidade que depois de obras de requalificação, dirigidas pelo Arquitecto José Joaquim da Silva Perdigão, os entregou à Comissão Vitivinícola Regional do Dão que nele instalou o “Solar do Dão”, onde prossegue as suas funções de certificação e promoção dos vinhos da Região Demarcada do Dão.
P. S. - Escrito com a preciosa ajuda de "Monumentalidade Visiense", de Júlio Cruz e Jorge Braga da Costa, Viseu 2007 [ligação]