Segundo o "Diário Regional de Viseu" o presidente Fernando Ruas esclareceu que o "funicular" não é uma obra da Câmara Municipal de Viseu mas sim da sociedade ViseuPolis, de que a edilidade é apenas um sócio minoritário, portanto os problemas que levaram ao adiamento da entrada em funcionamento do elevador não deverão ser atribuídos à câmara. As sociedades Polis foram criadas com a finalidade de agilizar todos os processos ligados aos trabalhos: projectos, expropriações, contratos e execução das obras. No final, esgotadas essas tarefas, as sociedades gestoras - parcerias entre o Estado e as autarquias, serão liquidadas. As sociedades Polis são entidades meramente operacionais, ligadas intimamente às câmaras. A isto chama o nosso povo, e com razão - procurar "sacudir a água do capote". Se as coisas tivessem corrido melhor, tenho por certo que "outro galo cantaria"...
Relembro que as placas identificativas da obra, mandadas colocar pela promotora, ainda hoje, indicam como data final da obra o mês de Novembro de 2008!
Depois de mais um falhanço e remendos de última hora a autarquia viseense parece ter chamado a si a "condução" do processo e "exigiu" medidas para a rápida resolução dos problemas detectados. O líder do executivo terá tido necessidade de agir rapidamente, depois de mais uma intervenção desastrada do seu vice e representante da câmara na sociedade e agora na comissão liquidatária – Américo Nunes, que garantiu que os problemas da linha eram idênticos aos que existiam noutras localidades. O que não corresponde à realidade, uma vez que o sistema escolhido não deveria ser usado em locais com as características das ruas da nossa cidade e ainda à particularidade do atravessamento da movimentada Feira de São Mateus.
Fernando Ruas visivelmente agastado, recusou-se a responder às perguntas da oposição sobre este tema em reunião pública de câmara e anunciou, no final aos jornalistas, que hoje terão início os trabalhos para reforçar a segurança da linha. Os construtores vão colocar ao longo da linha diversas barreiras, tapar e reduzir buracos com sistemas hidráulicos, colar plásticos de alta resistência e também irá ser contratado um “zelador”. O “zelador” terá a função de avisar os transeuntes para os perigos da existência da linha. Também adiantou que já estava elaborado o horário de funcionamento - "A primeira viagem terá lugar às 8h30 e a última às 19h20". Também revelou que a sociedade dona da obra, a ViseuPolis já convidou o primeiro-ministro e o ministro do ambiente para a inauguração no próximo dia 6 de Setembro.
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