EDITORIAL


Quando eu me poupe a falar,
Aperta-me a garganta e obriga-me a gritar!
José Régio


Aqui o "Acordo Ortográfico" vale ZERO!
Reparos ou sugestões são bem aceites mas devem ser apresentadas pessoalmente ao autor.

20080213

"O Estrago da Nação"



(...) “E foi nessa pressa de crescer, de ganhar dinheiro fácil e com pouco esforço que se esqueceram aspectos básicos: as infra-estruturas de saneamento básico, a mobilidade sustentável, os equipamentos culturais, de lazer, de educação e de saúde. (...) Desde há longos anos, Portugal vive assim num extasiante Eldorado do cimento. Como se estivesse inebriado por uma droga. O Estado aposta na construção de estradas e obras públicas por vezes faraónicas. Os promotores privados dedicam-se, sem cessar, à construção civil, deliciados pelos autarcas e deliciando-os.” (...) “E ao contrário daquilo que é norma nos outros países desenvolvidos – em que o sector mais consumidor é a reabilitação e manutenção de edifícios -, em Portugal foram as obras públicas e a construção residencial nova que absorveram a fatia de leão.” (...) “Na generalidade dos países comunitários, a reabilitação representa mais de 30 por cento dos consumos de cimento, ou seja, um rácio dez vezes superior ao de Portugal.” (...)

“O Estrago da Nação” de Pedro Almeida Vieira, Colecção Cadernos DQ de Reportagem - Nº 01, Publicações D. Quixote , 1ª Edição Outubro de 2003, Lisboa.

O autor deste livro edita um blogue, desde Janeiro de 2004, com o mesmo título que aconselho a visitar. Nele encontrará ligações a outros blogues sobre ambiente.