(...) desejamos também frisar, mais uma vez nestas páginas, a reconhecida necessidade de dar ao monumento que nos honra uma melhor arrumação, libertando-o do fundo do arvoredo sobre que morre o bronze das figuras, cujas proporções sob a massa desmesurada dos dois lanços da Cava e extensão do local se amesquinham lamentavelmente. Para mais o monumento acha-se mutilado, uma vez que, pela impossibilidade de acomodar no mesmo plano do conjunto a simbólica loba romana que o completava e lhe dá sentido histórico, houve que a remover para o Parque do Fontelo, onde, isolada, também ela é peça sem simbolismo nem qualquer significado. Isto que foi doloroso para o insigne artista e não menos para Almeida Moreira que tanto patrocinou então a preferência dada a Mariano Benlliure, ficou assim mesmo, por circunstâncias prementes da ocasião não permitirem então remediar o erro que inicialmente se não vira. (...)
Lucena e Vale In “Revista Beira Alta”, Revista trimestral para a publicação de documentos e estudos relativos às terras da Beira Alta, Volume XXII, 1962, Fascículos III e IV, 3º e 4º Trimestres, Viseu
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