EDITORIAL
Aperta-me a garganta e obriga-me a gritar!
José Régio
Aqui o "Acordo Ortográfico" vale ZERO!
20070718
Grafittis em Viseu
O Fascínio do Oriente!!
Bipasha Basu & John Abraham - "Usha's Zara Zara"
E o Cristiano Ronaldo... também ficou fascinado?
20070717
Novidades sobre o regresso do comboio!?
20070716
Mais um triste espectáculo!
A Igreja do Carmo há muito que precisava de uma limpeza exterior e de uma pintura. Como se dizia pela Beira - "até parecia mal aos cães"! Finalmente e quase terminada a fase das limpezas e das pinturas exteriores avançou-se agora para o arranjo dos seus tão desprezados jardins. Aquilo que os viseenses não esperavam era a destruição de algumas árvores como nespereiras e nogueiras que davam sombra a um antigo tanque e embelezavam o quintal e o jardim junto da Rua D. Francisco Alexandre Lobo e das Escadas dos Olivais .
Foi com tristeza e com um misto de dor e raiva que os vizinhos assistiram ao abate impiedoso das bonitas árvores que se habituaram desde sempre a ver.
Certamente que o corte se ficou a dever projecto para ao novo jardim que irá nascer no local e que deseja aberto à fruição de todos, porém fica a pergunta: Não seria possível salvar estas árvores?
Esperemos que dali não vá nascer um "jardim de pedras" como o "remodelado" Jardim de São Mateus na Ribeira!
Quem ganhou o leitão?

O "Tom de Festa"

20070714
36.000 Bem-hajam!

Viriato
"Conta-nos a tradição de muitos seculos, e ainda a historia, que, um dia, o Senado de Roma viu entravada a roda do seu carro triumphante nos Comoros escarpados dos Herminios, que um simples pastor guardava. Esse pastor obscuro mas livre com as auras que lhe açoutavam os compridos cabellos da côr do ebano, e lhe refrigeravam a fronte angulosa e tisnada dos sóes das serranias, chamava-se Viriato. Creâra-se alli, - na serra-, ao som das buzinas pegureiras chamando os rebanhos a seus redis, e do zumbir das pedras dos fundibulários, arremeçados com mão certeira sobre as turmas inimigas. Seus avós foram os guerreiros de Tesino, e de Trébia, - os leões de Trasimeno, - e os heróes de Cannas. Amavam todos a liberdade com um ardor selvagem… mais ainda do que a Endovellico de que lhes fallava o druida entre as paredes dos carns. Uma noute, quando o herculeo pastor descançava em estreita cabana, - construída de troncos d’arvores e de mirrada folhagem, -ouviu-se perto, - no valle, - um rumor de homens que se abeiravam da serra, e logo um tinir d’armas, e um relinchar de corceis. Eram os romanos, que vinham tomar de surpreza como miseros bandoleiros, o baluarte inexpugnavel que a natureza havia architectado para berço dos Apimanos, dos Canteros, Cezariões e Viriatos. E á voz imperiosa de Sérvio Galba, os soldados da republica cahem de chofre sobre os desprecavidos pastores, - porque ao traiçoeiro capitão faltavam ainda umas manchas de sangue a collorirem-lhe a sua historia d’aleivosias. (…)Mais tarde quando o colloso do Tibre já tinha assignado um tratado por onde reconhecia a independencia dos lusitanos, - um general cobarde – Quinto Scipião, - seduziu dous degenerados pésures, que assassinaram o caudillo. Quando a cabeça de Viriato rolou no chão, subvertia-se n’esse momento a obra da autonomia dos lusitanos, que elle começava a erigir sobre os rochedos da sua serra, e por cima das ossadas das aguias de Negidio, que eram irmãs dos abutres de Servio Galba."(...)
Vizeu.
20070709
A VIRIATO
O tempo passa, d’ampulheta a areia
De quantas vidas a memoria apaga!...
Em quantos craneos aniquilla a ideia!...
Em quantos peitos o sentir esmaga!...
(...)
Não morrem os heroes; não, que da morte
O gelo só destróe a vã materia.
Que importa ao bravo que o soprar do norte
Lhe varra as cinzas na mansão funeria?
Que a fama ao dar seus feitos á memoria
Dá-lhe tropheus de gloria immorredouros;
Grava seu nome nos annaes da historia
Cobre-lhe a campa de perennes louros.
Tal Viriato, o pastor humilde, obscuro,
A quem o amor da patria fez guerreiro,
Quebrando do sepulcro o gelo duro
E’hoje inda entre heroes, o heroe primeiro.
(...)
Depois erguendo o gigantesco braço,
Brandindo a larga folha do montante,
Com a vista d’aguia perscrutando o espaço
Saudou a guerra n’este brado: “Ávante!...”
E correu a salvar a patria escrava
Do jugo do romano que a opprimia;
E em face das victorias que ganhava
Mais o seu valor no peito reaccendia.
(...)
Mas a traição velava: a lei da sorte
Tinha marcado o termo ao seu destino:
E o bravo adormecendo achou a morte
No ferro mercenario do assassino.
Sucumbiu à traição; mas a memoria
Cobriu-lhe a campa de perenes louros;
E após annos sem fim a luza historia
Seu nome ensinará sempre aos vindouros.
Patria de Viriato, que tiveste
Seu culto e seus afectos mais latentes;
Vizeu; tu que na gloria adormeceste
Sobre os louros do heroe sempre virentes,
Foi-te bello o acordar! Que o monumento
Que te erige este livro, bello e ousado,
Tem por base o progresso e por cimento,
- As glorias dos heroes do teu passado -
Porto, 20 de Julho de 1883
D. CLORINDA DE MACEDO
20070708
Há lugares e lugares para colocar "tags" ou rabiscos!
Saiba mais sobre os povos da Ibéria, sobre os Lusitanos e a sua tenaz resistência ao invasor romano - Clique P.F.
Infelizmente poderá confirmar como se chega à universidade cometendo erros de ortografia indignos da antiga 4ª classe.
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"A Cava na actualidade"
"Não sabemos quando nem por quem foi feita a Cava – e muito provavelmente foi um dos Campos de César ou Castra Hiberna dos romanos, fundada por estes e não pelo antigos habitantes da Lusitania, pois era uma fortificação muito importante, muito luxuosa para aquelles tempos.Ella hoje apenas tem muros – grandes marachões – de terra, mas já teve portas, seteiras e revestimento parcial ou total de boa pedra. D’ali foi muita para o convento d’Orgens, em virtude do alvará de D. Affonso V, apontado supra, com data de 1460, mas ainda em 1630 a 1636 o dr. Botelho descrevendo-a dizia como testemunha ocular o seguinte: “A opinião de ser real de Nigidio fica bem refutada com a vista d’este edifício, que alem de ser huma cousa tão grande, e forte, neste mesmo muro de pedra (onde já entramos) que não foi feito ao acaso, nem para uma defesa momentanea…" (…)
José de Oliveira Berardo, citado por Pedro Augusto Ferreira In, "PORTUGAL ANTIGO E MODERNO, DICCIONÁRIO..." de Augusto Soares de Azevedo Barbosa de Pinho Leal, continuado por Pedro Augusto Ferreira. Publicado em Lisboa no ano de 1890.
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Quando passei estavam a completar a intervenção. Voltei mais tarde para ver o trabalho acabado e ainda vi alguns dos autores a afastarem-se rapidamente do lugar.
Não deverá estar lá muito tempo! Tal como em intervenções anteriores, no mesmo local, a brigada anti-grafitti da câmara deverá ser rápida a actuar munida da tinta cinzenta ... ou outra se essa estiver esgotada no armazém…
Nota: Espero não estar a servir de "bufo" ou "chibo"! Mas o local é tão frequentado.
Anjelica Huston (Morticia Addams) e Raul Julia (Gomez Addams) dançando a valsa e a “mamushka” no filme “The Addams Family” /”A Família Addams”, de Barry Sonnenfeld - 1991.
20070707
Depois de muitas décadas de exploração mineira (quartzo) sobrou esta enorme "ferida" aberta no monte.
" Tem um outeiro ou monte bastante elevado: - o de Santa Lusia, - e 3 cabeços:- Aguieira, Esculca e Abraveses.
Ha no monte de Santa Lusia jazigos de manganez, simplesmente registados, e pedreiras inxegotaveis de magnifico seixo já britado para macadam." (...) 1
Por iniciativa da câmara está em construção junto desta "cratera" o futuro "Museu do Quartzo" - ver fotos e artigo anterior.