EDITORIAL


Quando eu me poupe a falar,
Aperta-me a garganta e obriga-me a gritar!
José Régio


Aqui o "Acordo Ortográfico" vale ZERO!
Reparos ou sugestões são bem aceites mas devem ser apresentadas pessoalmente ao autor.

20110819

Lagostim na Represa da Ponte de Pau

Foi há cerca de um ano que vi mas não consegui fotografar um lagostim no Rio Pavia, nas ruínas da Ponte de Pau [ligação], desta vez tive mais sorte e apanhei-o...
Deveria medir uns quinze centímetros e não desejava ser fotografado. Escondeu-se mas não lhe serviu de nada. Temendo pela vida alçava-se sobre o corpo e agitava as grandes pinças com ar ameaçador, poderá ter sido o mesmo que avistei no ano passado porque são animais muito territoriais. No final devolvi-o ao Pavia.
O lagostim vermelho do Louisiana - Procambarus clarkii, Girard [ligação], com origem nos EUA é uma espécie invasora que pode causar enormes prejuízos aos agricultores, por exemplo nos arrozais do baixo Mondego. Muito agressivo e territorial, até para os da sua espécie, é omnívoro mas grande consumidor de plantas, de folhas moles ou duras, algas, detritos e pedrador de crustáceos, peixes, ovos, larvas e pequenos anfíbios.
Pode viver até aos dois anos e chega a medir 15 cm, foi introduzido para fins alimentares na região de Badajoz (Espanha), nos anos 70 do século XX, e depressa se espalhou por várias bacias hidrográficas da península. Actualmente está presente em vários países europeus da bacia do Mediterrâneo, na África, Ásia e América do Sul. O lagostim vermelho é considerado uma praga mas depressa se tornou apetecido e presa de lontras, garças, cegonhas e galinhas de água.