Habitualmente é apenas aos domingos que dedico a minha atenção à “Cava de Viriato”, desta vez adianto-me para mostrar algumas imagens de flores de açafrão-bravo obtidas numa pequena colónia destas plantas que existe numa das faces do interior da muralha. A construção da desastrosa "passadeira de granito" [ligação] sobre o passadiço da velha fortaleza também destruiu grande parte do habitat destas pequenas e bonitas plantas. É possível que as máquinas que revolveram a terra transportassem os pequenos bolbos para locais próximos onde as pequena belezas de cor lilás se instalaram. O florescimento do açafrão acontece antecipando a época dos cogumelos, como grande apreciador de cogumelos é sempre com grande satisfação que vejo crescer o açafrão-bravo, ou Crocus serotinus. O seu parente açafrão, ou Crocus sativus é uma especiaria caríssima que é obtida a partir dos estiletes alaranjados da flor porque para obter 1 quilo poderão ser necessárias mais de 100 mil flores. Foi no Séc. X que os árabes introduziram o cultivo desta planta na Ibéria mas há milhares de anos que o açafrão é motivo de interesse em diversas civilizações antigas:
Os egípcios cultivavam o açafrão como planta sagrada que era usada em cerimónias religiosas sendo oferecido ao deus Sol. Na Babilónia usavam-no para fabricar essências aromáticas, enquanto na Grécia era empregado para tingir os cabelos. Os assírios usavam o açafrão para fins medicinais, aparecendo referido no papiro médico de Thebes de 1522 a.C.. Uma referência mais distante, num livro de medicina chinesa datado de 2600 a.C., considerava o açafrão um fortificante e estimulante sexual, mais tarde Henrique VIII de Inglaterra (1491-1547) um grande apreciador da especiaria, mandava condenar à forca quem fosse apanhado a falsificar açafrão...
Os egípcios cultivavam o açafrão como planta sagrada que era usada em cerimónias religiosas sendo oferecido ao deus Sol. Na Babilónia usavam-no para fabricar essências aromáticas, enquanto na Grécia era empregado para tingir os cabelos. Os assírios usavam o açafrão para fins medicinais, aparecendo referido no papiro médico de Thebes de 1522 a.C.. Uma referência mais distante, num livro de medicina chinesa datado de 2600 a.C., considerava o açafrão um fortificante e estimulante sexual, mais tarde Henrique VIII de Inglaterra (1491-1547) um grande apreciador da especiaria, mandava condenar à forca quem fosse apanhado a falsificar açafrão...