Pormenores do monumental painel de azulejos do Rossio, do Mestre Joaquim Lopes, azulejos da Fábrica do Agueiro (Vila Nova de Gaia), 1931. Obra da Comissão de Iniciativa e Turismo de Viseu
Na década de 1920 e 30, a Praça da República (Rossio) recebeu vários melhoramentos promovidos, pela Câmara Municipal de Viseu e pela Comissão de Iniciativa e Turismo de Viseu, criada em 1926, para fomentar a actividade turística. Na rampa que liga a Rua Formosa à Rua do Soar de Cima, bordejando o Largo Major Teles (Jardim das Mães), a Comissão de Iniciativa realizou várias intervenções, com relevo para a colocação da balaustrada de granito e um conjunto de candeeiros, “arte nova”, infelizmente desaparecidos. O extenso e alto muro de suporte da rampa em 1930 apresentava um aspecto muito pobre, face ao conjunto urbanístico envolvente. Por proposta do Capitão Almeida Moreira, a comissão decidiu revestir a “curva do Rossio” com um painel de azulejos decorativos e artísticos. O artista escolhido foi o Mestre Joaquim Lopes (1886 – 1956), pintor de reconhecido mérito e professor da Escola de Belas Artes do Porto e os azulejos foram produzidos pela extinta Fábrica do Agueiro (Vila Nova de Gaia). A vontade inicial era a de assinalar os pontos principais de interesse turístico da região, mas o programa executado foi a representação de motivos alusivos a figuras e cenas do mundo rural da Beira-Alta, com o maior destaque para as feiras. O painel viria a ser inaugurado no dia 13 de Dezembro de 1931, ocasião em que a comissão fez a sua simbólica entrega à câmara municipal.
Com a passagem dos anos o painel viria a tornar-se num dos maiores ícones de Viseu e agora a mostrar vários sinais da passagem do tempo, estando a exigir a atenção do município, para mandar fabricar e colocar vários azulejos em falta, executar a limpeza e restauro de todo o painel que sofre de vários males, incluindo a retirada de plantas que teimam em crescer nas pequenas frestas do muro.
Portanto mais uma ocasião para usar: #viseufazmal