Mais uma vez quero lembrar que estive de acordo com a criação de um meio mecânico para subir a Calçada de Viriato e que o Plano de Pormenor, inicial elaborado no âmbito do Programa Polis, sugeria: uma "escadaria/escada rolante" que tornaria a ascensão mais cómoda e seria um "acesso privilegiado ao centro histórico" [ligação]. O plano foi muito alterado e o Campo de Viriato, em vez de ser "uma nova grande praça pedonal", "um espaço público de qualidade", "de usos múltiplos" voltou a ser um enorme parque de estacionamento para justificar a existência do funicular que devido ao tipo de carril e à "motorização" criaram situações perigosas e mesmo ridículas .
Não vou alargar-me em considerações mas apenas divulgar que as chapas metálicas voltaram à Rua da Ponte de Pau, desta vez são seis, para aborrecimento dos comerciantes e incómodo dos moradores. Há dois dias que a rua tem estado cortada ao trânsito, durante o horário de trabalho dos operários, e assim irá continuar por mais algum tempo para possibilitar a reparação das lajes de granito partidas ou soltas. Duvido que o problema fique definitivamente resolvido porque o projecto e a sua execução poderiam ser de melhor qualidade. Tem sido bem evidente que o piso não tem a solidez necessária para suportar a passagem de um tão grande número de veículos, especialmente de pesados.
Como se vê a linha do funicular tem um aspecto deplorável porque continua desprezada. Confesso que sorri, muito, quando li que os estragos na vedação resultaram de actos criminosos, praticados por "vândalos à solta" e não dos embates provocados por erros de condução, faltas de atenção ou excesso de velocidade. Finalmente lamenta-se o descuido dos responsáveis pela manutenção da linha que tardam em reparar os estragos que vão acontecendo.