O nome que tardiamente apareceu nas tabuletas já dava para suspeitar - "Parque Urbano da Radial de Santiago", que o parque construído na margem direita do rio Pavia, nas antigas quintas do Coval e das Mestras, jamais iria receber a feira semanal. Sempre me pareceu que a opção de remover muitos milhares de metros cúbicos de terra vegetal e impermeabilizar a margem do rio, o leito de cheia, era uma opção errada e cara. Aqueles férteis terrenos agrícolas deveriam dar lugar a parques para jogos informais, relvados, jardins, campos de jogos de várias modalidades desportivas, pistas para passeios ou corridas, pistas para bicicletas, hortas pedagógicas, enfim uma grande variedade de oportunidades. Quiseram "matar dois coelhos com uma cajadada" ao pretender instalar a feira das terças-feiras e ao mesmo tempo criar um passeio público "asfaltado", com uma pista de terra junto ao rio. Há poucos dias fomos informados que por motivo de o local estar a ser muito procurado, tanto de dia como de noite, confesso que sou um dos habituais "fregueses", não admira pois não existe nada de semelhante na cidade, resolveram destinar o espaço em exclusivo para actividades de ar livre, mantendo-se a feira no local actual que irá receber várias melhorias.
Os trabalhos de adaptação já se iniciaram, o concessionário da cafetaria está a colocar, as expensas próprias com contrapartidas, um novo piso para a esplanada, a câmara já mandou instalar seis aparelhos de ginástica num relvado próximo da cafeteria e pensa montar mais um parque infantil.
Fica uma pergunta no ar, para a qual muitos gostariam saber a resposta, pois é fácil perceber que a opção inicial foi um erro que acabou por custar muito caro... qual terá sido o valor desperdiçado com os trabalhos que se vieram a revelar inúteis?