EDITORIAL


Quando eu me poupe a falar,
Aperta-me a garganta e obriga-me a gritar!
José Régio


Aqui o "Acordo Ortográfico" vale ZERO!
Reparos ou sugestões são bem aceites mas devem ser apresentadas pessoalmente ao autor.

20080609

O Candeeiro "Desaparecido"



Em 2001 a Câmara Municipal iniciou a substituição de candeeiros em ferro forjado em vária ruas e praças do Centro Histórico, substituindo-os por um novo modelo inspirado nos antigos mas sem a menor valia artística. Os candeeiros retirados foram executados na serralharia Malho, na Rua do Arco, fundada por Arnaldo Malho (26/11/1880 - 21/04/1960) um dedicado amigo de Aquilino Ribeiro que colaborou na sua fuga da prisão no Fontelo (1928) e o intitulou o "poeta do ferro".
Agora talvez para não destoar com os novos foi retirado um belo candeeiro, mais trabalhado que os anteriormente citados e da autoria do Mestre Malho que estava colocado na velha torre na Rua do Adro, iluminando a rua e as escadarias que ligam o Largo da Misericórdia, o Adro da Sé e a Praça D. Duarte. Restam dois idênticos na frontaria barroca da Igreja da Misericórdia. Perderam os fotógrafos um bom motivo para as suas objectivas. Confesso que me custou acreditar quando instintivamente apontei a máquina e não encontrei o candeeiro...Espero que seja recuperado e recolocado num lugar digno.