EDITORIAL
Aperta-me a garganta e obriga-me a gritar!
José Régio
Aqui o "Acordo Ortográfico" vale ZERO!
Reparos ou sugestões são bem aceites mas devem ser apresentadas pessoalmente ao autor.
20061130
Mais um Cravelho
Cravelho em Aval de Bodiosa
Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora:
cravelho [e ]
substantivo masculino
peça de madeira que gira em torno de um prego ou desliza por uma calha, para fechar portas, cancelas, etc.;
(De cravelha)
20061129
Dão Vinho & Sabores
(...)
Mas a vinha nobre, a que dá aquele finíssimo vinho do Dão apalhetado, macio, cor de rubi e tão espirituoso que até é capaz de ressuscitar um morto... – essa, como fidalga que é, vive em casa própria e mesa sua, mal tolerando sequer a sombra sequer a sombra da oliveira. Estende-se em chapadas largas pelas lombas dos outeiros, a trepar, às escaleiras desde o sopé da terra chã até o teso dos cabeços, por entre fragas, onde, sem cuidados, só as giestas logram medrar.
Para isso foi preciso fazer-lhe a cama a ferro e a fogo, rebentar a penedia a dinamite, revolver pedra e saibro a picareta e alavanca, meter-lhe na manta carros e carros de tojo verde e de rama de pinheiro!
Mas enfim, bem cuidada, animada, não lhe faltando a tempo a escava, com a cava, com a poda, a empa, a reda, a espoldra, o sulfato, o enxofre, o adubo como comida para a boca, enfim com mil despesas e maiores cuidados – meu Santo Antoninho onde te porei!... – ela aí está a vicejar por uns dez a quinze anos, nada para mais, que já esta vida em meio de pedregal foi um milagre, a bem dizer!
Esta é a vinha da Região Demarcada do Dão, do famoso vinho maduro da Beira Alta, do tal que aquece e reconforta... um morto! (...)
A. de Lucena e Vale In ”Beira Alta Terra e Gente”
Mas a vinha nobre, a que dá aquele finíssimo vinho do Dão apalhetado, macio, cor de rubi e tão espirituoso que até é capaz de ressuscitar um morto... – essa, como fidalga que é, vive em casa própria e mesa sua, mal tolerando sequer a sombra sequer a sombra da oliveira. Estende-se em chapadas largas pelas lombas dos outeiros, a trepar, às escaleiras desde o sopé da terra chã até o teso dos cabeços, por entre fragas, onde, sem cuidados, só as giestas logram medrar.
Para isso foi preciso fazer-lhe a cama a ferro e a fogo, rebentar a penedia a dinamite, revolver pedra e saibro a picareta e alavanca, meter-lhe na manta carros e carros de tojo verde e de rama de pinheiro!
Mas enfim, bem cuidada, animada, não lhe faltando a tempo a escava, com a cava, com a poda, a empa, a reda, a espoldra, o sulfato, o enxofre, o adubo como comida para a boca, enfim com mil despesas e maiores cuidados – meu Santo Antoninho onde te porei!... – ela aí está a vicejar por uns dez a quinze anos, nada para mais, que já esta vida em meio de pedregal foi um milagre, a bem dizer!
Esta é a vinha da Região Demarcada do Dão, do famoso vinho maduro da Beira Alta, do tal que aquece e reconforta... um morto! (...)
A. de Lucena e Vale In ”Beira Alta Terra e Gente”
Neste fim de semana no Solar do Vinho do Dão poderá provar o vinho e deliciar-se com outros sabores!
20061128
Na Cava de Viriato
AS DROGAS EM NÚMEROS
7 a 8 mil pessoas morrem anualmente, devido a causas relacionadas com o consumo de drogas.
35 anos é a idade média, na Europa, da maioria dos homens que morrem de “overdose”.
80 por cento dos consumidores em tratamento encontram-se em programas de substituição com metadona, totalizando cerca de meio milhão em toda a Europa.
1967 foi o ano do início do primeiro tratamento de substituição na Europa, concretamente na Suécia.
1,7 milhões é o número de consumidores problemáticos na UE, particularmente de heroína.
27 prisões espanholas trocam seringas a reclusos.
75 a 123 mil pessoas sem abrigo são consumidores de drogas na UE.
FONTE: Público, Rua Viriato, 13 – 1069 -315 LISBOA
7 a 8 mil pessoas morrem anualmente, devido a causas relacionadas com o consumo de drogas.
35 anos é a idade média, na Europa, da maioria dos homens que morrem de “overdose”.
80 por cento dos consumidores em tratamento encontram-se em programas de substituição com metadona, totalizando cerca de meio milhão em toda a Europa.
1967 foi o ano do início do primeiro tratamento de substituição na Europa, concretamente na Suécia.
1,7 milhões é o número de consumidores problemáticos na UE, particularmente de heroína.
27 prisões espanholas trocam seringas a reclusos.
75 a 123 mil pessoas sem abrigo são consumidores de drogas na UE.
FONTE: Público, Rua Viriato, 13 – 1069 -315 LISBOA
20061127
Prós e Contras... nos algerozes de Viseu
O (ex) Jardim de São Mateus na Ribeira ?
ADEUS JARDIM DA RIBEIRA!?...
(…)
Está a ser desmantelado para dar lugar a um outro no âmbito do projecto do Parque Linear do Rio Pavia (Plano de Pormenor da Envolvente Urbana do Rio Pavia), do Programa Polis, a cargo do Arquitecto José Lousan, da APK – Arquitectos Paisagistas Associados.
Apesar de já há meses o jardineiro não tratar deste jardim, cumprindo ordens, para alguns moradores da Ribeira foi um choque ver arrancar as flores que davam colorido aos canteiros formados geometricamente pelos buxos. Há quem receie que esta intervenção, ao invés de resultar numa compreensível requalificação, vá descaracterizar mais este espaço público, à semelhança do que já aconteceu naquela zona, com a escadaria de acesso ao pátio arborizado, ao lado da Igreja da Nossa Senhora da Conceição a quebrar a harmonia (simetria) da escadaria gémea da própria igreja, ou com a “praça” que resultou da “requalificação” do Campo de Viriato, agora mais conhecido por “eira de Viriato” ou “redil de Viriato”. (…)
Esperemos, portanto, que dali acabe por sair um jardim mais atractivo, um espaço de fruição do rio, do espelho de água em construção e de uma das mais belas perspectivas sobre a encosta da Sé, com as casas em escadinha da Calçada de Viriato.
OLHO VIVO – Associação para a Defesa do Património Ambiente e Direitos Humanos In Via Rápida de 2006/11/23
Para ver foto anterior clique aqui
20061126
Porque o Natal vem aí
Cravelho em casa rural junto ao Santuário de Nossa Senhora da Lapa, Quintela da Lapa, Sernancelhe
(...)
- O Pai Natal não bate às portas. É como o vento. Bota-se a caminho e, pronto, está logo chegado. Se quisesse, entrava pelo buraco da fechadura. Connosco pouco adiantava. A nossa porta nem chave tem. Basta o cravelho, não há nada que roubar. Mas, como te digo, o pai Natal do que mais gosta é de descer pela chaminé. É para que saibam que vem do céu, à ordem do Menino-Deus...
- Ó mãe, mande pôr uma chaminé na nossa casa, mande! Queria tanto que o pai Natal cá viesse...!
- Estás na lua. Uma chaminé é para quem é. Custa dinheiro. Onde o tínhamos nós?
(...)
Aquilino Ribeiro In "Sonho de Uma Noite de Natal", Edição do Centro de Estudos Aquilino Ribeiro (CEAR), Viseu 2004
20061125
Foi em 25 de Novembro de 1890...
a Abertura à exploração da Linha do Dão (Santa Comba Dão e Viseu)
E isto passou-se aqui em Outubro de 1905
"Os Amores de Salazar"
Capítulo I
Felismina de Oliveira
O PRIMEIRO AMOR DE SALAZAR
A chuva acolhia os viajantes que se apeavam na estação de Viseu. Outubro chegava frio, como de costume, àquelas terras avaras de riquezas e alegrias. No calendário de 1905, o quinto dia do mês iria marcar sem clemência nem recuo o destino de Felismina. A locomotiva acabava de chegar. Uma mão-cheia de gente encobre o vestido de cauda de Marta, a colega de Santa Comba, que vem instalar-se em sua casa para cursar o último ano da Escola Normal Primária. A mãe desta, Maria do Resgate, acompanha-a e atrasa-lhe o passo; os calos e o reumático, mercê de anos a fio a bicar a vida, primeiro na faina do campo, depois na taberna, tolhem-lhe os movimentos. (…) Ela era alta, bela. Um insulto e uma afronta a fealdade. Sacode a cabeça ruiva; as sardas emprestavam-lhe mais graça ao rosto. António fica como uma sentinela petrificado pelo relâmpago de primeiro amor. Está com 16 anos, ela na casa dos dezoito. (…)
"Os Amores de Salazar", de Felícia Cabrita, Editora - A Esfera dos Livros
***
Clique e assine aqui para ver o comboio de novo em Viseu
Um cedro a menos na Cava de Viriato
20061124
Rua Dr. Alexandre Lucena e Vale
Não estava com esta mas, pode ter ido atrás de outra...
Clique aqui e ajude a encontrar o Clif o dono está muito desgostoso!
Certamente que falas destes
Sim já tinha reparado que foi
(...) "Criada equipa para eliminar graffitis. A Câmara Municipal de Viseu criou uma equipa de funcionários que se dedicam à eliminação de todo o tipo de graffiti. "
Leia a notícia do Diário Regional de Viseu
Para todos os dias e não só quando chove
Foi lançado em Outubro, com a chancela d' a Esfera dos Livros, a obra "Os Amores de Salazar" de Felícia Cabrita, ex- jornalista do Expresso e agora a trabalhar no SOL. A base deste ensaio teve publicação no Expresso em 1999, com o título de "Mulheres da Salazar", continuando um artigo do mesmo jornal do ano anterior. Felícia Cabrita a quem devemos a divulgação do escândalo da Casa Pia, é jornalista de investigação e depois de aturada pesquisa, revela factos novos com base em documentos escritos, fotos e mais testemunhos. O Prefácio da autoria do Prof. Freitas do Amaral é uma excelente abordagem. Para o prefaciador este livro permite conhecer melhor a personalidade de Salazar, num aspecto essencial, e escondido, da sua vida. A propósito da rejeição de Carolina Asseca, que Salazar conheceu em 1944, filha de uma influente e poderosa família, que no seu entender seria a sua mulher ideal, dentre a dezena de mulheres de quem mais se acercou, escreve o seguinte: (…) "Para ele (o Poder), ou era absoluto, ou já não era Poder. A razão de Estado venceu a força do amor e a intensa atracção de possuir um lar feliz". Salazar teve medo, não podia, partilhar o Poder e não queria sofrer as influências da esposa e da sua família. Salazar retornou aos seus habituais e pontuais casos amorosos, mas sem se voltar a comprometer.
Casa no Largo Pinto Gata onde Salazar viveu, quando era conhecido como o "troca tintas"
Leia aqui o Prefácio e as primeiras páginas
20061123
Se o Dr. Ruas vai na onda...
No pequeno município brasileiro de Novo Santo António (Mato Grosso) o perfeito, João Sousa Luz, iniciou um programa de distribuição gratuita de "estimulantes sexuais" aos idosos e deu nisto...
20061122
Futebóis, Natação e Remo
O antigo bairro da Ribeira, tão antigo que se identifica com o nascer desta velha cidade, ocupa um lugar marcante também na história desportiva de Viseu, pois foi ali, no enorme Campo da Feira, o local onde tiveram início as primeiras manifestações desportivas da era moderna, bem distantes das épocas em que se jogava a pela e se corria o barril, antes e depois da passagem da Procissão do Corpo de Deus, pelas ruas da cidade, desde S. Martinho até à Sé.
Já em 1916, existia um clubezinho denominado por Sport Ribeira Infantil, conforme o podemos autenticar através de uma fotografia tirada no dia de Natal, (já lá vão 67 anos! ) existente numa sala da Associação de Futebol de Viseu, onde ser reconhecem, entre outros, os irmãos Cálices e José Nogueira.
Muito próximo desta data de 1916, surgiu o Ribeira Futebol Clube, grupo que já disputava jogos para disputas de torneios e taças, sendo da mesma época, o sempre lembrado Sport Ribeira e Viriato, desaparecido na década dos anos 50, depois de ter cumprido valiosa participação no desporto local.
De facto, neste grande terreiro, até 1928, jogou-se em grande e à portuguesa, futebol por grosso e a retalho!
Desde a Parreira, aos limites da Ponte de Pau, saltitavam por todos os lados, bolas de couro, de borracha e de pano de todos os tamanhos, enquanto nas águas limpídas do Pavia se praticava natação e se remava nas barcas das tias Rita e Cristina, nos inolvidáveis momentos históricos do Desporto viseense, através de uma mocidade estuante e das colectividades que hoje são uma saudade.
Juntaremos às citadas, o Pavia Futebol Clube, o Atlântico, o Porto e Viseu, o União, o Sporting de Viseu, o Império, o Balsa, o Via Sacra, o Vitória de Abraveses, o Sporting de Ranhados, e mais uns quantos que a estudantada e a caixarada organizava, como o Rebenta Glória ou Morte Futebol Club, para não citar mais do mesmo género, que enchiam, de manhã ao anoitecer tão vasto espaço da Ribeira.
(...)
José Alves Madeira In brochura da III Meia Maratona Internacional de Viseu - Grupo Desportivos “Os Ribeirinhos - Viseu, Setembro 1983
Já em 1916, existia um clubezinho denominado por Sport Ribeira Infantil, conforme o podemos autenticar através de uma fotografia tirada no dia de Natal, (já lá vão 67 anos! ) existente numa sala da Associação de Futebol de Viseu, onde ser reconhecem, entre outros, os irmãos Cálices e José Nogueira.
Muito próximo desta data de 1916, surgiu o Ribeira Futebol Clube, grupo que já disputava jogos para disputas de torneios e taças, sendo da mesma época, o sempre lembrado Sport Ribeira e Viriato, desaparecido na década dos anos 50, depois de ter cumprido valiosa participação no desporto local.
De facto, neste grande terreiro, até 1928, jogou-se em grande e à portuguesa, futebol por grosso e a retalho!
Desde a Parreira, aos limites da Ponte de Pau, saltitavam por todos os lados, bolas de couro, de borracha e de pano de todos os tamanhos, enquanto nas águas limpídas do Pavia se praticava natação e se remava nas barcas das tias Rita e Cristina, nos inolvidáveis momentos históricos do Desporto viseense, através de uma mocidade estuante e das colectividades que hoje são uma saudade.
Juntaremos às citadas, o Pavia Futebol Clube, o Atlântico, o Porto e Viseu, o União, o Sporting de Viseu, o Império, o Balsa, o Via Sacra, o Vitória de Abraveses, o Sporting de Ranhados, e mais uns quantos que a estudantada e a caixarada organizava, como o Rebenta Glória ou Morte Futebol Club, para não citar mais do mesmo género, que enchiam, de manhã ao anoitecer tão vasto espaço da Ribeira.
(...)
José Alves Madeira In brochura da III Meia Maratona Internacional de Viseu - Grupo Desportivos “Os Ribeirinhos - Viseu, Setembro 1983
20061121
Ontem à tarde...
Não é a Catherine Tramell do "Basic Instinct"
Esta menina é mais púdica ...mas também não usa nada por baixo!
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