EDITORIAL


Quando eu me poupe a falar,
Aperta-me a garganta e obriga-me a gritar!
José Régio


Aqui o "Acordo Ortográfico" vale ZERO!
Reparos ou sugestões são bem aceites mas devem ser apresentadas pessoalmente ao autor.
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20160329

Feira Anual de Viseu


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(...)"D..Duarte, D. Pedro, D. Afonso V não denegaram à Feira de Viseu o seu régio interesse, bem patente nos documentos que chegaram até nós. E ainda que variando de tempo e de local, saltando de uns para outros meses do calendário, Abril, Novembro, Setembro e Outubro, como na Cava para o campo raso da Ribeira e da Ribeira para para o alto da cidade, na Alcáçova do Castelo da Sé, o velho mercado anual de Viseu mantém durante os séculos XV, XVI e XVII a sua fama crescente de arraial de costa acima, capaz de alevantar todo o mundo das redondezas da Beira:"
(...)"Nos princípios do século XVII, segundo o testemunho de cronista coevo, o viseense Botelho Pereira, ainda a ela acorria gente do Alentejo e de Castela e todo o século XVIII é de crer que mantivesse o carácter primitivo de lídimo e autêntico mercado.
No século XIX, porém a coisa muda. Com o desenvolvimento dos meios de comunicação, as estradas e os caminhos de ferro, inicia-se o declínio das feiras em geral e assim também o da Feira Franca de Viseu."
(...)"Mas de ano para ano a Feira vai morrendo...
Nos primeiros anos do século corrente, quando a palavra turismo ainda não entrava no léxicon nacional nem as festas da cidade contavam nas preocupações dos próceres dos municípios, a Feira Franca de Viseu era uma velha senhora, já decrépita, a finar-se de senilidade à luz mortiça dos lampiões de petróleo e bicos de acetilene que lhe iluminavam o recinto - uma simples ruas de barracas que não atingiria, talvez uns escassos duzentos metros."
(...)" Hoje tudo mudou. A Feira, a velha Feira Franca de Viseu, a esvair-se, falha de interesse e de feirantes, morreu aí por 1916.
A de hoje é moça moderníssima, da nova geração de Feiras Populares, mestiçada de Festas da Cidade, o que lhe dá cunho próprio e atractivo inconfundível."

A. Lucena e Vale in "Beira Alta Terra e Gente", 1ª Edição 1958, 1º Reimpressão 1991 (Tipografia Guerra Viseu), Página 251 e seguintes

Uma das novidades da feira anual que este ano se irá realizar entre 5 de Agosto e 11 de Setembro, foi a inusitada campanha publicitária - "Já pensou fazer negócio na Feira de São Mateus?. Aos interessados em ocupar espaços no "Pavilhão Multiusos" e que fizessem a inscrição nos primeiros dias, era oferecido um desconto. O prazo inicial para as inscrições encerrava a 18 de Março, porém a organização, a Associação Cultural "VISEU MARCA", anunciou o prolongamento do prazo até ao dia 31.
Há muitos anos que a extinta "EXPOVIS" anunciava haver mais interessados que lugares disponíveis na feira. Será que a "crise" bateu à porta da Feira Anual de Viseu? A antecipação da data de abertura do evento estará a causar dificuldades de conciliação, com certames idênticos? ou os elevados preços cobrados pela ocupação do espaço e outras taxas cobradas, estarão a afastar os feirantes?

20150601

Papoila Cor-de-rosa



Uma papoila cor-de-rosa  encontrada na aldeia de Cabrum (Calde).
As papoilas, ou papoulas, também conhecidas por dormideiras são plantas herbáceas da família das Papaveráceas que possuem propriedades narcóticas. Eram consideradas pragas pelos lavradores porque invadiam as searas de trigo ou centeio. Entre nós as mais vulgares são as alaranjadas embora se encontrem vermelhas e raramente rosa ou brancas. 
Na medicina tradicional a infusão das flores usava-se para tratar tosse, insónia e anginas.

20080421

Viseu, Antiqua et Nobilissima



(...)"ANTIQUA ET NOBILISSIMA, anterior à própria nacionalidade, Viseu não é apenas a página de história que documentam as suas velhas pedras.
Como solar antigo que, sem desestimar a nobreza dos tectos apainelados e o aprumo dos móveis de pau-santo, se vai afazendo à exigências e comodidades modernas, assim Viseu alia admiràvelmente em sua fisionomia os dois aspectos: passado e presente, tradição e progresso.
Neste feliz enlace reside afinal, o segredo de todo o seu interesse." (...)

A. de Lucena e Vale in "Viseu Monumental e Artístico" ( 1949), Edição da Câmara Municipal de Viseu