EDITORIAL


Quando eu me poupe a falar,
Aperta-me a garganta e obriga-me a gritar!
José Régio


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20160610

Vizeu - Praça de Camões


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O busto de Camões do artista viseense Almeida e Silva (1864-1945) foi encomendado em 1880, na altura das comemorações do terceiro centenário da morte do poeta mas só seria inaugurado em 5 de Outubro de 1913, dia de grandes festejos republicanos mas de mau tempo que obrigou ao adiamento do lançamento do fogo de artifício, efectuado no dia seguinte na Via-Sacra. Presidiu à cerimónia o Governador Civil - João Teixeira de Queirós Vale Guedes, enquanto se ouvia o Hino Nacional, “seguido de muitos vivas à Pátria, à República e ao Partido Republicano”. Foguetes e uma salva de vinte um tiros, soaram vindos do Massorim, disparados por uma Bateria de Artilharia 7. De seguida usaram da palavra os Drs. José Augusto Pereira e Pereira Vitorino, a partir de uma tribuna onde estava a comissão organizadora dos festejos. Em 1955 foi removido para o Parque da Cidade e substituído por estátua do Rei D. Duarte, nascido em Viseu em 31 de Outubro de 1391, do escultor Álvaro de Brée (1903-1962). Este acontecimento foi naturalmente, acompanhado pela alteração do nome da praça. Mas durante longos anos a memória perdurou, hoje já nem os mais velhos se enganam ao nomear a praça, onde outrora esteve o desaparecido pelourinho, o edifício da câmara e se realizava a feira semanal. A coluna e base do monumento estão no pátio do Seminário Maior, a servir de apoio a uma imagem de Nossa Senhora da Conceição. O busto, sem a folha de palma, depois de ter andando "a saltitar" no Parque da Cidade (actualmente o "Parque Aquilino Ribeiro") foi instalada na "Meia Laranja", na rotunda fronteira à "Escola Básica Grão Vasco", onde começa a "Alameda Luís de Camões".