EDITORIAL


Quando eu me poupe a falar,
Aperta-me a garganta e obriga-me a gritar!
José Régio


Aqui o "Acordo Ortográfico" vale ZERO!
Reparos ou sugestões são bem aceites mas devem ser apresentadas pessoalmente ao autor.

20110324

Concurso de Pesca Desportiva no Pavia


A “Federação dos Clubes de Caça e Pesca do Distrito de Viseu” [ligação] obteve uma concessão para Pesca Desportiva a montante do Açude da Ribeira, no Rio Pavia e também na Ribeira de Santiago [ligação].
Depois de muitos anos de obras foram retiradas da rede hidrográfica muitos colectores de esgotos e a melhoria da qualidade da água passou a permitir a sobrevivência de algumas espécies piscícolas, particularmente da família das carpas que graças à sua enorme robustez são capazes de sobreviver em águas sujas, pouco oxigenadas e estagnadas como habitualmente são as do rio Pavia nos finais do Verão.
Já há alguns anos que pescadores lançaram no rio peixes trazidos de outros rios ou barragens que se reproduziram e tornaram possível a existência de uma pequena família de lontras.
As trutas são peixes muito exigentes, necessitam de águas limpas, frias, bem oxigenadas e sempre correntes. Depois de uma primeira tentativa para reintroduzir as trutas por iniciativa da Escola Secundária Viriato que não resultou, a Federação dos Clubes de Caça e Pesca promoveu, no passado mês de Fevereiro, a largada de um milhar de trutas-fário [ligação] para fazer o repovoamento e possibilitar a realização de concursos de pesca. Para o próximo dia 27 está prevista a realização de um concurso organizado pelo “Clube de Caçadores e Pescadores da Beira”.
A monitorização do habitat será assegurada por uma escola de ensino superior viseense mas parece-me que as trutas que escaparem às lontras e aos anzóis, não deverão escapar ao calor e à escassez de água no pino do próximo Verão.
Quando iniciará a câmara municipal a construção, há vários anos prometida, da represa no Catavejo, na Ribeira da Fraga, com capacidade para armazenar 600.000 m3, de modo a garantir água com qualidade durante todo o ano, evitar os malefícios das cheias e ainda produzir energia.

P.S. - Já fui vê-las. Encontrei uma meia dúzia no Poço do Nicolau e outras duas a juzante da Ponte de Pau em plena caçada, recorrendo à técnica da natação estacionária contra a corrente, para localizar as presas e preparar o ataque.