Há poucos dias recebi, numa das minhas caixas de correio electrónico, um “alerta" sobre o tema que serve de título a este artigo. Segui a ligação e tive oportunidade de ler uma pequena entrevista de José Mattoso ao jornalista João Céu e Silva do "DN" [ligação].
José Mattoso é considerado o maior especialista do período medieval português, cansado e doente, manifestou o seu desencanto pelo evoluir da sociedade portuguesa nas últimas décadas.
Em relação à naturalidade do nosso 1º rei, revelou que se limitou a aceitar a tese do investigador A . Almeida Fernandes e a declarar que a hipótese Viseu seria:
"(...) a tese mais segura. No entanto, acabei por concluir que não era tão segura como pensava e considero que é necessário voltar a examinar a questão se ela nos interessar mesmo. Dei essa opinião na biografia sobre Afonso Henriques sem pensar que iria constituir uma base para uma polémica e quando realizaram o congresso invocaram a minha opinião." (...)
Desta maneira mostrou o seu descontentamento com a polémica sobre a terra onde o rei nasceu, Guimarães ou Viseu? e opinou, com toda a razão, que o significado desse facto do ponto de vista histórico "não é praticamente nenhum, porque o rei não fez a sua vida em nenhum destes lugares, mas em Coimbra e a partir desta cidade." (...)
José Mattoso está no pleno direito de não desejar ser parte na polémica, porém não adiantou qualquer motivo para justificar a sua mudança de opinião e apenas referiu que o assunto deverá ser aprofundado.
Parece-me estranha esta mudança, sem a mais breve justificação, uma vez que a única negação que conheço, da tese defendida pelo medievalista Almeida Fernandes em, "Viseu, Agosto de 1109, nasce D. Afonso Henriques", é da autoria de Barroso da Fonte que defende que essa hipótese não passa de uma grosseira manipulação.
José Mattoso é considerado o maior especialista do período medieval português, cansado e doente, manifestou o seu desencanto pelo evoluir da sociedade portuguesa nas últimas décadas.
Em relação à naturalidade do nosso 1º rei, revelou que se limitou a aceitar a tese do investigador A . Almeida Fernandes e a declarar que a hipótese Viseu seria:
"(...) a tese mais segura. No entanto, acabei por concluir que não era tão segura como pensava e considero que é necessário voltar a examinar a questão se ela nos interessar mesmo. Dei essa opinião na biografia sobre Afonso Henriques sem pensar que iria constituir uma base para uma polémica e quando realizaram o congresso invocaram a minha opinião." (...)
Desta maneira mostrou o seu descontentamento com a polémica sobre a terra onde o rei nasceu, Guimarães ou Viseu? e opinou, com toda a razão, que o significado desse facto do ponto de vista histórico "não é praticamente nenhum, porque o rei não fez a sua vida em nenhum destes lugares, mas em Coimbra e a partir desta cidade." (...)
José Mattoso está no pleno direito de não desejar ser parte na polémica, porém não adiantou qualquer motivo para justificar a sua mudança de opinião e apenas referiu que o assunto deverá ser aprofundado.
Parece-me estranha esta mudança, sem a mais breve justificação, uma vez que a única negação que conheço, da tese defendida pelo medievalista Almeida Fernandes em, "Viseu, Agosto de 1109, nasce D. Afonso Henriques", é da autoria de Barroso da Fonte que defende que essa hipótese não passa de uma grosseira manipulação.
Até agora a única "polémica" que conheço, consta do título do livro de Barroso da Fonte publicado em Junho de 2009 - "Afonso Henriques: um Rei Polémico" e gostaria de saber mais.
Na imagem - D. Afonso Henriques na Rua Direita, logótipo da sapataria "O Guimarães". Mais uma prova que contraria Barroso da Fonte, quando escreve que: Viseu não tem (...)" nem tradição, nem património, visível ou invisível" (...), nada recorda a memória de D. Afonso Henriques - "Palavras Necessárias", na obra citada.