Como se previa que a feira semanal decorresse dentro da normalidade, sem inundação e lixo abandonado, resolvi virar a minha atenção para o vizinho "Parque da Radial de Santiago" que foi construído com financiamento POLIS, ao abrigo do programa de valorização ambiental da cidade, e previa uma dupla utilização: parque ribeirinho de lazer e local para a realização da feira semanal que há séculos se realiza em Viseu todas as terças-feiras. Depois do anúncio que os terrenos iam ficar de quarentena cerca de 2 anos, para garantir a estabilidade do piso do novo espaço construído em leito de cheia de onde foi retirada a terra vegetal, a câmara municipal anunciou que o espaço iria passar a ter uma utilização exclusivamente lúdica para a qual seriam feitas as necessárias adaptações. O mercado continuaria no mesmo local onde também seriam introduzidas melhorias.
A súbita mudança de planos e o enorme desperdício de dinheiro feito num espaço que estava longe de reunir as condições para instalar uma feira pareceram estranhas. O parque foi projectado e construído em leito de cheia e não possui estruturas de drenagem eficazes. As imagens mostram vários locais lamacentos e permitem futurar que se o terreiro, onde actualmente circulam muito poucas pessoas, fosse pisado por várias centenas de vendedores, muitos milhares de compradores e sobretudo pelas carrinhas dos feirantes rapidamente se transformaria num lameiro, em dias de chuva.
Os pontos de água espalhados pelo parque continuam com as portas rebentadas à espera que alguém provoque o desperdício de muitos milhares de metros cúbicos de água sem que ninguém pareça preocupar-se. [ligação]
EDITORIAL
Aperta-me a garganta e obriga-me a gritar!
José Régio
Aqui o "Acordo Ortográfico" vale ZERO!
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