As obras de recuperação e arranjo paisagístico de parte da "Cava de Viriato" (1) no valor de 2.000.000 €, executadas por iniciativa da Câmara Municipal de Viseu, geridas pela ViseuPolis e no âmbito do Programa Polis para Viseu, possibilitaram a recuperação parcial de dois dos lados do octógono original que há muitos anos estavam na posse de particulares e onde existiam pequenas vinhas, algumas dezenas de oliveiras e outras árvores de fruto. Estes terrenos agrícolas que estavam abandonados, cheios de silvas e mato, foram adquiridos e permitiram fazer a demarcação do percurso da muralha, com a colocação da polémica "passadeira de granito", a abertura de um arruamento até à Casa das Águias, a criação duma praça de entrada no monumento com cafetaria, instalações sanitárias e uma rampa que em viaduto passa sobre a Rua do Picadeiro. Acredito que na empreitada, por esquecimento, não estivesse previsto o tratamento das árvores. No passado Verão quase um ano depois de "terminadas" as obras (2), as oliveiras e outras árvores existentes junto da passadeira foram finalmente aparadas e limpas de heras. Esta tarefa só deveria ter sido executada no Inverno e depois de apanhadas as azeitonas. A vontade de mostrar serviço foi tanta que até árvores mortas foram aparadas. Um outro grupo de oliveiras junto à Rua do Picadeiro e do muro da quinta vizinha não foi cuidado. Espero que estejam a aguardar a época certa para fazer o trabalho... ou será que estas oliveiras não pertencem ao mesmo dono?
Notas: 1 - A fortaleza impropriamente designada por "Cava de Viriato" será um monumento de origem árabe; 2 - A iluminação dos acessos e do passadiço da muralha continua, inexplicavelmente, apagada.