EDITORIAL


Quando eu me poupe a falar,
Aperta-me a garganta e obriga-me a gritar!
José Régio


Aqui o "Acordo Ortográfico" vale ZERO!
Reparos ou sugestões são bem aceites mas devem ser apresentadas pessoalmente ao autor.

20071109

A Vendedeira de Castanhas

Carteira de fósforos da série costumes portugueses anos 60, Soc. Nacional de Fósforos, Lisboa

Certamente que muitos se lembram da última senhora que assava e vendia na Rua Direita junto das antigas instalações da Cruz Vermelha, bem perto da Rua Escura. Eu sempre preferi as castanhas cozidas ou assadas no velho forno do pão aquecido com lenha. Há perto de 50 anos em Viseu era o Sr. Américo quem as vendia, só ele mexia no saco de serapilheira que trazia ao ombro e tinha uma mão certeira...metia a mão e geralmente acertava no conto. Um dia teve o azar de deixar uma flausina mexer no saco e ficou com as castanhas estragadas a cheirar a perfume, talvez água de rosas que os tempos eram outros e os perfumes caros. Nunca mais caiu noutra e até fugia das senhoras muito pintadas não fossem as atrevidas meter a mão no seu saco!