Também eu me diverti imenso com os carrinhos de rolamentos que construí. Os rolamentos conseguiam-se nas oficinas de mecânica automóvel, os meus eram geralmente pedidos ao pessoal de uma oficina na Rua 21 de Agosto, onde hoje está um “supermercado de sapatos”. Os caixotes de madeira forneciam as tábuas para o chassis e para os eixos nada melhor que o cabo de vassoura já velha e imprestável. Mais alguns pregos, um serrote e um martelo eram suficientes para construir o veículo. Basicamente havia dois modelos, um com quatro rodas, como o da figura, com o sistema de direcção accionado por um cordel preso ao eixo rotativo da frente e o modelo de três rodas que dispunha de um banco alto e um volante mais sofisticado do tipo cruzeta. Os modelos de quatro rodas eram e continuam a ser mais rápidos, mais estáveis, melhor adaptados para as corridas e por esse motivo deverão ser o modelo mais presente na linha de Partida da prova que no próximo domingo o “Labaredas Rolling Team” vai organizar num percurso de 2 kms na descida de Coimbrões até Alcafache. Boas descidas e poucos tombos são os meus votos.
