O Rio Pavia, o Poço do Nicolau, o Ribeiro do Pintor, o Coval e as Mestras
(...) “Costumava haver mulheres, que debaixo do nome de Mestras ousavam curar enfermos com reprovadas artes diabólicas, e vãas superstições; entre ellas foi uma refinada, como era em a noite de S. João, banharem os enfermos n’aquelle Rio onde se mete a ribeira de S. Theago, passando-se por elle tres veses, fazendo algumas cerimonias, e dizendo algumas palavras boas e Santas, de modo que se ouvissem, para cuidarem os simples, que por virtude d’ellas, e d’aquella agoa saravam. Assim ousou fazer o Demónio a muitos gentios, como ainda hoje usam em o Ganges, crendo com isso ficarem lavados dos pecados “(…)
Manoel Botelho Ribeiro Pereira nos “Diálogos Moraes e Politicos”, manuscrito datado de 1630, Cap. 5º - Do Rio Pavia, e porque uma parte d’elle se chama das Mestras.
Manoel Botelho Ribeiro Pereira nos “Diálogos Moraes e Politicos”, manuscrito datado de 1630, Cap. 5º - Do Rio Pavia, e porque uma parte d’elle se chama das Mestras.